Tecnologia

Aplicativos sobre serviço público são apresentados no RJ

Duas mil ideias de aplicativos relacionadas a demandas e problemas da cidade participaram do concurso RioApps

RioApps: os aplicativos vencedores destacaram serviços como a identificação de especialidades médicas nas unidades de atendimento (Reprodução)

RioApps: os aplicativos vencedores destacaram serviços como a identificação de especialidades médicas nas unidades de atendimento (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 20h36.

Rio de Janeiro - Localizar via GPS a unidade de saúde com atendimento especializado, encontrar o ônibus ou um banheiro público. O desenvolvimento de aplicativos para celulares voltados para melhorias do serviços públicos foi alvo do concurso RioApps, que premiou na última semana ferramentas inovadores de acesso e interação com serviços públicos no Rio. Temas como unidades de saúde, transporte público, orçamento e gestão ganharam aplicativos que orientam os cidadãos e permitem avaliações de todos os usuários dos serviços.

Ao todo, foram 2 mil ideias de aplicativos relacionadas a demandas e problemas da cidade. A partir daí, os desenvolvedores criaram ferramentas interativas em que os usuários podem opinar sobre a qualidade do atendimento e melhorias nos serviços. Doze projetos foram premiados, dos quais oito funcionam em modo experimental e podem ser baixados na internet.

Os aplicativos vencedores destacaram serviços como a identificação de especialidades médicas nas unidades de atendimento, sugestão de prioridades de investimentos da prefeitura, acesso aos transportes públicos, classificados de comunidades pacificadas e fiscalização de obras. Vencedor do concurso, André Ikeda, de 25 anos, criou um aplicativo que informa aos passageiros de ônibus o local e a quantidade de lugares disponíveis nas linhas a partir das mensagens publicadas pelos usuários. Assim como ele, outras três milhões de pessoas utilizam os serviços de ônibus diariamente no Rio.


"Me senti obrigado a participar, era uma oportunidade de contribuir com a cidade e dar um puxão de orelha nos governos, pois este tipo de serviço já deveria estar disponível há muito tempo", afirmou Ikeda, que é estudante de Engenharia da Computação na UFRJ. Outro tema trabalhado foi o atendimento ao turista. No último carnaval, um aplicativo desenvolvido pela prefeitura, com informações sobre horários e circuitos dos blocos, teve recorde de acessos. Para o próximo ano, a expectativa é que um dos aplicativos desenvolvidos no concurso seja a nova sensação. O Desaperto localiza banheiros públicos mais próximos dos foliões.

Para criar as ferramentas, os desenvolvedores tiveram à disposição o banco de dados da prefeitura, semelhante ao usado pelo Centro de Operações do Rio, que coordena todos os serviços públicos da cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, responsável pelo concurso, as informações publicadas pelos usuários dos aplicativos são encaminhadas diretamente aos órgãos de controle da prefeitura e às secretarias.

A participação tanto dos desenvolvedores quanto dos usuários de aplicativos é destacada como o principal ganho da iniciativa pela pesquisadora da UFRJ e jurada do concurso, Tânia Bentes. "As pessoas podem participar da gestão da cidade mais ativamente. E o resultado do concurso é sintomático de que a população não está satisfeita com a gestão desses serviços públicos".

Premiado pelo aplicativo Rio Saúde, que localiza e identifica especialidades médicas de cada unidade de atendimento da cidade, Antônio Marcos de Souza destacou o desafio de acesso dos cidadãos a esses aplicativos. "Mais importante que o desenvolvimento é o aproveitamento dessas ferramentas. A tendência é todo mundo ter um smartphone e os consumidores querem acesso a essas informações", avalia.

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