Mark Zuckerberg: CEO do Facebook afirmou que rastreia mesmo não usuários da rede social na internet (Leah Millis/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de abril de 2018 às 12h10.
Última atualização em 16 de abril de 2018 às 12h11.
São Francisco - A preocupação em relação à privacidade dos dados pelo Facebook está aumentando e inclui as informações que a rede social coleta do público não usuário, após o presidente-executivo Mark Zuckerberg afirmar que a maior rede social do mundo rastreia as pessoas, independentemente de terem contas ou não.
Preocupações com a privacidade inundaram o Facebook desde o reconhecimento, no mês passado, de que informações sobre milhões de usuários acabaram nas mãos da consultoria política Cambridge Analytica, empresa que contou entre seus clientes a campanha eleitoral do presidente americano, Donald Trump, em 2016.
Zuckerberg disse na quarta-feira, ao ser sabatinado pelo representante Ben Luján, que, por motivos de segurança, o Facebook também coleta "dados de pessoas que não se inscreveram no Facebook".
Parlamentares e defensores da privacidade imediatamente protestaram contra a prática, com muitos dizendo que o Facebook precisava desenvolver uma forma de os não usuários descobrirem o que a empresa sabe sobre eles.
"Temos que consertar isso", disse o democrata Luján a Zuckerberg, pedindo tal divulgação, uma medida que teria efeitos pouco claros sobre a capacidade da empresa de segmentar anúncios. Zuckerberg não respondeu. Na sexta-feira, o Facebook disse que não tinha planos de construir tal ferramenta.
Os críticos disseram que Zuckerberg não disse o suficiente sobre a extensão e uso dos dados. "Não está claro o que o Facebook está fazendo com essa informação", disse Chris Calabrese, vice-presidente de políticas do Centro de Democracia e Tecnologia, um grupo de defensoria de Washington.