A empresa brasileira Recepta Biopharma firmou um acordo com a norte-americana Mersana Therapeutics para licenciar a tecnologia de produção de um anticorpo monoclonal que poderá ser usado em terapias contra o câncer.
Anticorpos monoclonais (mAbs, na sigla em inglês) são proteínas produzidas em laboratório por um único clone de linfócitos B – um tipo de célula de defesa – extraído de camundongos cujos sistemas imunológicos foram estimulados pelos antígenos de interesse.
Os anticorpos desenvolvidos e testados clinicamente pela Recepta, com apoio da FAPESP, são capazes de se ligar de maneira muito específica a alvos tumorais, não tendo efeito sobre tecidos sadios.
“A Mersana detém a tecnologia para criar o chamado ADC (antibody-drug conjugate). Ou seja, eles usam um tipo de ligante para unir o anticorpo a uma toxina. Esse imunoconjugado entrega de maneira muito específica a toxina às células tumorais”, explicou Jose Fernando Perez, presidente da Recepta e ex-diretor científico da FAPESP.
Segundo os termos da parceria, a Recepta oferecerá à Mersana os direitos mundiais exclusivos sobre seu anticorpo monoclonal e a empresa norte-americana usará sua tecnologia conhecida como Fleximer para desenvolver um imunoconjugado contra alvos tumorais.
Os termos financeiros do acordo estabelecem que a Recepta receberá pagamentos à vista e pagamentos subsequentes por marcos que venham a ser atingidos no desenvolvimento, na aprovação regulatória e na comercialização da droga, que juntos podem alcançar um total de U$ 86 milhões.
Além disso, a Recepta receberá royalties relativos à comercialização da droga pela Mersana fora do Brasil. A Recepta terá o direito exclusivo de comercialização da droga no Brasil pagando royalties à Mersana sobre as vendas no país. A Mersana será responsável pela realização de ensaios clínicos e dos registros regulatórios necessários para a comercialização da droga.
“Esse é um evento único. Nunca na história da pesquisa em biotecnologia de fármacos no Brasil houve um licenciamento internacional de uma propriedade intelectual desenvolvida por empresa brasileira. Isso mostra que o modelo de pesquisa e desenvolvimento da Recepta funciona”, comemorou Perez.
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1. Sem cura
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1/15 (Sebastien Bozon/AFP)
São Paulo - A
doença de Alzheimer é um problema degenerativo no cérebro que afeta a maneira como a pessoa pensa e realiza suas atividades diárias. Sem cura, ela é alvo do interesse de diversos
pesquisadores - como a neuropsicóloga Elizabeth Piovezan. Em entrevista a EXAME.com, a fundadora do Instituto Alzheimer Brasil falou sobre a
doença.
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2. Idade
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2/15 (Stock.XCHNG)
A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. "Quanto mais idade, mais chances de desenvolver a doença", explica Elizabeth. Porém, ela destaca que muitas pessoas envelhecem de forma saudável e se mantêm ativas até idades bem avançadas. "Não dá para relacionar a velhice com a demência", ela diz.
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3. Mulheres
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3/15 (Sebastien Bozon/AFP)
"Estudos demonstram que a mulher desenvolve mais a doença de Alzheimer do que o homem", afirma Elizabeth. Para ela, o fato das mulheres viverem por mais tempo que os homens pode explicar esse fenômeno.
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4. AVC
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4/15 (HumanBrainProject/Divulgação)
De acordo com Elizabeth, doenças vasculares aumentam o risco de uma pessoa desenvolver a doença de Alzheimer. "Pessoas que tiveram AVC (Acidente Vascular Cerebral), por exemplo, tem risco aumentado de desenvolver Doença de Alzheimer se comparadas àquelas que não tiveram", ela afirma.
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5. Risco
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5/15 (Getty Images)
Beber, fumar e ter outros hábitos do tipo ao longo da vida podem acelerar a chegada da doença de Alzheimer. Isso acontece porque eles normalmente causam problemas como diabetes, obesidade e pressão alta. De acordo com Elizabeth, todos esses problemas causam doenças vasculares, que são fatores de risco importantes para a doença de Alzheimer.
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6. Alterações
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6/15 (Getty Images)
Segundo Elizabeth, a doença de Alzheimer causa alterações em proteínas no cérebro e gera a morte de neurônios. "Estudos demonstram que a doença de Alzheimer afeta primeiramente a região do hipocampo, uma estrutura no lobo temporal relacionada ao aprendizado e à memória", explica a neuropsicóloga.
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7. Memória
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7/15 (Felipe Wiecheteck / Stock Xchng)
É comum que pacientes com doença de Alzheimer tenham dificuldades para lembrar de acontecimentos recentes ou palavras. Eles também costumam perder objetos ou guardá-los em lugares não adequados. "A pessoa erra datas com frequência, fica confusa", explica Elizabeth.
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8. Comportamento
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8/15 (Koen van Weel/AFP)
Mudanças de comportamento e personalidade são comuns em pacientes com doença de Alzheimer. Muitas vezes, a pessoa se isola e passa a desconfiar de quem está à sua volta. Outro efeito da doença é a instabilidade emocional. "O paciente vai do riso ao choro de um instante para o outro, sem motivo aparente", afirma Elizabeth.
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9. Doenças
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9/15 (Roberto Stelzer/VEJA)
"Algumas doenças ou condições podem fazer com que a função cognitiva diminua e parecem com a doença de Alzheimer", afirma Elizabeth. Entre essas doenças ou condições, estão a apneia do sono, a depressão e o consumo exagerado de medicamentos - entre outros.
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10. Músculos
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10/15 (Bryn Lennon/Getty Images)
"Com a evolução da doença, os músculos do portador vão ficando mais rígidos, incapacitando os movimentos", explica Elizabeth. Como consequência disso, o doente passa a ter dificuldades de engolir e sofrer com incontinência fecal e urinária.
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11. Evolução
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11/15 (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Publicas)
"É difícil determinar com exatidão em que fase o portador se encontra, até porque ele pode apresentar muitas dificuldades hoje e amanhã estar bem melhor", afirma Elizabeth sobre a evolução da doença de Alzheimer. Segundo ela, outro problema é o fato de que nem sempre quem tem a lesão cerebral mais grave apresenta os sintomas mais aparentes.
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12. Tarefas
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12/15 (Marcos Santos/USP Imagens)
É comum que pacientes com a doença de Alzheimer abandonem atividades que gostavam de fazer antes. "Geralmente, eles ficam dando desculpas para isso", explica Elizabeth. Outro problema que surge com a doença é a dificuldade em realizar tarefas que eram feitas com facilidade antes - como cozinhar e dirigir.
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13. Sono
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13/15 (Thinkstock)
O sono é uma das funções do nosso corpo afetadas pela doença de Alzheimer. "Algumas pessoas podem ficar agitadas à noite, trocar a noite pelo dia", afirma Elizabeth. Segundo ela, é bom manter o doente ocupado durante o dia. Isso fará com que ele gaste energia e durma durante à noite.
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14. Preservação
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14/15 (Sara Haj Hassan/Stock.xchng)
"Até o momento, não há nada que possa evitar o surgimento da doença, mas algumas pessoas ficam preservadas por mais tempo", explica Elizabeth. Segundo ela, fatores como um nível educacional elevado e uma atividade profissional estimulante ao longo da vida podem ajudar a atrasar o aparecimento da doença. Porém, eles não impedem que ela apareça.
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15. Veja também
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15/15 (Sxc.hu)