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Anonymous declara guerra cibernética à Rússia após invasão da Ucrânia

Nesta quinta-feira, 25, o grupo retornou para as redes para afirmar que derrubou um segundo site russo: do Ministério da Defesa, que ainda permanece fora do ar

Anonymous (Fred Dufour/AFP)

Anonymous (Fred Dufour/AFP)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 15h22.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2022 às 15h30.

O grupo hacker Anonymous declarou em rede social, nesta quinta-feira, 24, que está "oficialmente em guerra cibernética contra o governo russo". Cerca de 30 minutos depois, o coletivo anunciou que derrubaram o site do canal de RT News, rede de televisão estatal da Rússia — que voltou ao ar ao meio dia desta sexta-feira, 25 — e que as Forças Armadas russas estavam preparando um bombardeamento em grande escala em Kiev, capital da Ucrânia.

Nesta quinta-feira, 25, o grupo retornou para as redes para afirmar que derrubou um segundo site russo: do Ministério da Defesa, que ainda permanece fora do ar.

Os impactos da "guerra cibernética" passaram a ser comparados com as consequências das guerras tradicionais com o avanço da tecnologia, uma vez que os conflitos virtuais podem afetar diretamente empresas estatais e privadas com roubos de dados e até mesmo perda de dinheiro.

O Anonymous é um coletivo descentralizado que se formou em 2003 que é conhecido por usarem a máscara do soldado britânico que inspirou o protagonista de V de Vingança. Guiado pelo hackativismo, eles entendem a ação hacker como uma forma de ativismo político e social. Depois de um hiato, o grupo voltou à ativa com a divulgação uma suposta ação judicial contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusado por estupro e abuso sexual.

No Brasil, o Anonymous ficou conhecido por divulgar, em 2020, supostos dados do presidente Jair Bolsonaro, de seus filhos e de integrantes do governo brasileiro como a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Ucrânia pede ajuda da Coreia do Sul contra ataques cibernéticos

A maior autoridade ucraniana na Coreia do Sul disse nesta sexta-feira que seu país pedirá ajuda de Seul para elevar a capacidade de segurança cibernética e se defender contra ataques russos.

Dmytro Ponomarenko, embaixador designado da Ucrânia na Coreia do Sul, disse que os sites das instituições governamentais do país estão sofrendo ataques russos.

Ponomarenko elogiou as observações do presidente sul-coreano Moon Jae-in de que a soberania da Ucrânia deve ser respeitada e Seul apoia uma resolução pacífica da crise, mas expressou esperanças de assistência adicional.

"Também ficaríamos gratos se a República da Coreia, sendo um país de alta tecnologia altamente desenvolvido, nos desse uma mão para fortalecer nossas capacidades de segurança cibernética", disse ele em comunicado.

Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul disse que aumentaria o apoio à Ucrânia, mas não comentou imediatamente sobre a potencial cooperação cibernética.

A Coreia do Sul designou a Ucrânia como um dos principais destinatários da ajuda oficial ao desenvolvimento no ano passado e fornece ajuda em educação, saúde e administração pública, entre outras áreas.

A Ucrânia representa apenas cerca de 0,1% do volume comercial da Coreia do Sul. A Rússia é o principal fornecedor de energia da Coreia do Sul e o décimo maior parceiro comercial, com várias grandes empresas, incluindo Samsung e Hyundai, operando fábricas lá.

Ponomarenko exortou a comunidade internacional a mostrar solidariedade impondo sanções contra a Rússia e fornecendo à Ucrânia apoio financeiro, militar e de combustível, bem como assistência humanitária.

"Precisamos agir juntos e de maneira coordenada", disse ele em entrevista coletiva. (Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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