robos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2015 às 14h37.
Uma equipe sul-coreana ganhou o prêmio principal de 2 milhões de dólares nas finais do Desafio Robótico da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos (Darpa) com um robô bípede que consegue se transformar em um veículo com rodas.
Inspirado nos desenhos animados japoneses da década de 1980, o design vencedor do Team KAIST conseguiu percorrer o circuito de obstáculos da Darpa em menos de 45 minutos, completando com sucesso oito tarefas relacionadas a desastres naturais, como andar sobre escombros, dirigir um carro, ativar disjuntores e acionar válvulas.
O concurso foi criado após o acidente nuclear em Fukushima, ocorrido no Japão em 2011, com a intenção de acelerar o desenvolvimento de robôs que possam auxiliar equipes de resgates em grandes desastres.
Vinte e três equipes competiram nas finais do Desafio Robótico, vindas dos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Itália, Hong Kong e Coreia do Sul. Os times desenvolveram seus robôs por mais de dois anos e tiveram a oportunidade de testá-los previamente no circuito.
Porém, enquanto os testes davam aos robôs 30 minutos para completar cada tarefa, as regras das finais obrigaram os times a completar as oito tarefas em menos de uma hora. Apenas três robôs conseguiram terminar o circuito no tempo previsto.
"Esses robôs são grandes e feitos com vários metais, e é de se esperar que as pessoas que os vissem ficassem com medo. Mas ouviamos demonstrações de afeto toda vez que eles caíam. E o que as pessoas faziam toda vez que um robô marcava um ponto? Elas comemoravam! disse o organizador do evento, Gill Pratt.
Acho que essa é uma das maiores lições da competição --- o potencial para robôs não apenas fazerem tarefas técnicas para nós, mas ajudar a conectar uma pessoa com a outra", afirmou Pratt.
O segundo lugar do torneio foi para o Team IHMC Robotics, que usou o robô Atlas, construído pela Boston Dynamics, empresa de robótica comprada pelo Google. Eles faturaram 1 milhão de dólares.
"Esse é o final do Desafio Robótico, mas apenas o começo de um futuro no qual robôs podem trabalhar ao lado de pessoas para reduzir os danos em desastres", disse o diretor da Darpa, Arati Prabhakar