Tecnologia

Anatel é ré por banda larga ruim

  São Paulo - A Justiça Federal aceitou pedido do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) para incluir a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em processo judicial como responsável pela má qualidade dos serviços de banda larga no país. O caso teve início em 15 de janeiro, quando o Idec apresentou ação contra Oi, Net, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

 

São Paulo - A Justiça Federal aceitou pedido do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) para incluir a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em processo judicial como responsável pela má qualidade dos serviços de banda larga no país.

O caso teve início em 15 de janeiro, quando o Idec apresentou ação contra Oi, Net, Telefônica e Brasil Telecom por, supostamente, oferecerem serviços de banda larga de qualidade muito ruim. O Idec pediu a inclusão da Anatel, acusada de falhar como agência reguladora e ser corresponsável pela baixa qualidade dos serviços.

Na ocasião, o juiz de primeira instância que avaliou o caso acatou a ação, mas excluiu a Anatel. Na avaliação do juiz, a Anatel não pode ser responsabilizada pela falha das teles. Agora, porém, a Justiça acatou um recurso do Idec e vai incluir a Anatel na ação.

O Idec agora pleiteia uma medida liminar para proibir a "publicidade enganosa" e garantir a possibilidade de rescisão de contrato, sem multa, por parte do consumidor em caso de má prestação de serviço.

O Idec considera propaganda enganosa, por exemplo, uma tele anunciar banda larga de 3 Mbps se, na verdade, ela só garante 10% disso.  Segundo o Idec, as teles usam a velocidade "cheia" como chamariz para atrair consumidores sem deixar suficientemente claro as limitações do serviço.
 

O pedido do Idec é embasado em testes feitos pelo próprio instituto em parceria com o Comitê Gestor da Internet (CGI) em 2008, que apontou que as teles não cumpririam a velocidade prometida.

As empresas de telecomunicação alegam que, em todo o mundo, há variação na velocidade do tráfego de dados, que varia em função de fatores externos, como congestionamento eventual das redes, distância do consumidor de uma central, entre outros fatores.

O Idec quer que o consumidor possa pagar sua fatura mensal de acordo com a mensalidade entregue.

 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasJustiçaServiçosTelecomunicaçõesTelefônica

Mais de Tecnologia

Estúdio processa Elon Musk por uso de imagens de “Blade Runner” em evento da Tesla

CEO da AWS, da Amazon, sugere demissão para quem discordar de retorno presencial

Por que a Anvisa proibiu o "chip da beleza"?

Voo barato? Atualização do Google Flights promete passagens com preços ainda mais baixos