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Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 16h56.
Brasília - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) promoverá uma reunião com técnicos das empresas de telefonia celular, no dia 3 de dezembro, para acompanhar o crescimento da demanda, especialmente nos serviços de terceira geração (3G), que no mês passado aumentou mais de 20%. A reunião, segundo o superintendente de Serviços Privados da Anatel, Jarbas Valente, faz parte do acompanhamento permanente que a agência realiza desde o início do ano para verificar se os investimentos na expansão das redes de telefonia têm sido suficientes para atender à demanda.
Valente lembrou que a agência só tem liberado a comercialização de novos planos quando a empresa confirma a elevação da capacidade das redes para atender o aumento de tráfego com ligações e transmissão de dados. Esse controle permanente tem o objetivo de evitar panes no sistema. "Estamos trabalhando para que isso não aconteça", afirmou o superintendente, depois de participar do 20º Encontro Telesíntese.
Na abertura do seminário, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Ronaldo Sardenberg, anunciou a criação de comissão técnica para analisar os alertas de que possa ocorrer no setor de telecomunicações um "caladão" (pane que deixaria todos os telefones mudos).
Valente informou ainda que a Anatel está estudando a possibilidade de autorizar as empresas a fazerem compartilhamento das redes, o que reduziria custos. A ideia, segundo ele, é permitir que duas empresas usem as mesmas antenas e as mesmas fibras óticas para passar suas frequências.
Ele explicou que, com a tecnologia 3G, é possível manter preservadas as informações de cada empresa. Na tecnologia convencional, o compartilhamento não era aceito pelas empresas porque as informações estratégicas eram facilmente acessadas por outra operadora que compartilhasse a mesma estrutura.
O superintendente acredita que a redução de custos com infraestrutura pode permitir um crescimento ainda maior do número de assinantes. A previsão da Anatel é de que a banda larga pelas redes móveis ultrapasse, já no próximo ano, o número de clientes da banda larga fixa, que hoje está em 13,5 milhões.