Loja da Claro: a companhia volta a se reunir com a Anatel na próxima segunda-feira (23) (ANTONIO MILENA/EXAME)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2012 às 20h18.
Brasília – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a operadora de telefonia móvel Claro divergem sobre a extensão da deficiência da prestação de serviços da companhia. Para a concessionária, o problema é basicamente no atendimento do call center enquanto que para a agência reguladora há problemas de atendimento assim como no funcionamento da rede.
“Tivemos problemas técnicos de fornecimento de recursos de nossos parceiros”, disse o presidente da Claro, Carlos Denteno, após reunir-se na Anatel (em Brasília) com o superintendente de Serviços Privados Bruno Ramos. Segundo o presidente da companhia, foram “situações pontuais” em Santa Catarina, São Paulo e Sergipe - indicadas desde o início deste ano e que começaram a ser resolvidas no mês passado. “Isso fez com que as pessoas que tinham alguma reclamação fossem direto ao call center da Anatel”, minimizou.
A Anatel diverge do diagnóstico. Conforme Ramos, o que levou a companhia a ter suspensa a venda de chips e modem nos três estados “tem a ver com o atendimento, mas também tem a ver com indicadores de rede. Nós temos necessidade que a Claro melhore indicadores de rede”, frisou, se referindo a soluções “em curto prazo” para aumento de investimento em equipamentos e diminuição dos registros de queda de chamadas e congestionamento.
Ramos fez questão de salientar que a Claro, a primeira companhia que procurou a Anatel após a suspensão das vendas decretada ontem, ainda não apresentou um plano de investimento e de melhoria da qualidade, mas apenas uma “avaliação preliminar”. A companhia volta a se reunir com a Anatel na próxima segunda-feira (23). “Vamos resolver os problemas que os usuários têm e dos usuários que ligam para a empresa”, garantiu o superintendente.
“A Claro está comprometida com a qualidade dos serviços que oferece aos seus clientes”, disse Carlos Denteno, que reconheceu que a “situação é muito séria” e frisou que o mercado brasileiro (com cerca de 250 milhões de usuários de celular) é prioridade da holding América Mobil (de capital mexicano que também controla a NET e a Embratel) nos 18 países que opera na América Latina.
Na tarde de hoje, o superintendente da Anatel, Bruno Ramos, está reunido na sede da agência reguladora com representantes da TIM (capital italiano) e amanhã (20), às 11 horas, irá receber dirigentes da Oi (capital brasileiro).