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Amazon é acusada de expor empregados a estresse

Amazon é acusada de expor os seus empregados a condições de muito estresse, que podem levar a um alto risco de transtornos físicos e mentais


	Logomarca da Amazon: "éramos como máquinas, como robôs", diz jornalista que se disfarçou de funcionário da Amazon
 (Lionel Bonaventure/AFP)

Logomarca da Amazon: "éramos como máquinas, como robôs", diz jornalista que se disfarçou de funcionário da Amazon (Lionel Bonaventure/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 13h05.

Londres - A multinacional Amazon é acusada de expor os seus empregados a condições de muito estresse, que podem levar a um alto risco de "transtornos físicos e mentais".

A acusação é da BBC de Londres que realizou uma investigação na empresa no Reino Unido.

O jornalista disfarçado Adam Littler, de 23 anos, conseguiu ser contratado pela Amazon em seu depósito na localidade de Swansea, no País de Gales e revelou através de uma câmara escondida, as condições na qual teve que trabalhar.

O jovem foi empregado como recolhedor de pacotes no depósito de 75 mil metros quadrados, com horários de trabalho noturno de mais de dez horas que incluíam caminhar até 17 quilômetros por dia dentro do local.

Um dispositivo obrigatório lhe indicava qual pacote deveria recolher e depositar na esteira. Ele tinha 33 segundos para encontrar cada produto e depois começava uma nova contagem. Se cometesse um erro, o scanner do dispositivo apitava com um som agudo.

"Éramos como máquinas, como robôs, conectavam o scanner que tínhamos que levar na mão, mas era como se estivesse conectado ao corpo", contou Littler.

O scanner detectava o ritmo do trabalho de Littler e enviava os resultados a seus superiores. Se a marca fosse muito baixa, era advertido de que enfrentaria ações disciplinares.

Littler foi empregado pela Amazon como parte de um programa de contratações temporárias de cerca 15 mil empregados para cobrir o período de final de ano. Por sua vez, um dos principais especialistas do país em temas de estresse de trabalho, o professor Michael Marmot, disse que as condições de trabalho no deposito da Amazon "incorporam todos os elementos mais prejudiciais de uma vez".

"As características deste tipo de trabalho mostram a partir da evidência comprovada um alto risco de sofrer de doenças mentais e físicas", informou Marmot.

Após a investigação, a Amazon indicou que seus inspetores de segurança do trabalho não detectaram nenhum inconveniente nos seus depósitos e acrescentou que um especialista independente contratado pela companhia concluiu que o trabalho de recolhedor de pacotes "é parecido aos empregos de muitas industrias e não aumenta o risco de doenças mentais ou físicas".

Neste sentido, a Amazon do Reino Unido informou que a segurança de seus empregados "é a prioridade número um", e disse que alguns trabalhos são fisicamente mais desgastantes.

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