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Aliado de Merkel diz que garantias dos Estados Unidos sobre espionagem são 'insuficientes'

'Os métodos de inteligência dos EUA podem ser justificados em grande parte por questões de segurança, mas as táticas são excessivas e exageradas', disse de Maiziere

cartaz (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2014 às 11h51.

Um importante aliado de Angela Merkel criticou os Estados Unidos por não oferecerem garantias suficientes sobre suas táticas de espionagem e afirmou que negociações bilaterais não deverão fazer muito progresso antes da visita da líder alemã a Washington no próximo mês.

Reportagens divulgadas em outubro, baseadas em revelações dadas pelo ex-funcionário da agência de inteligência dos EUA, Edward Snowden, mostraram que Washington monitorou o telefone celular de Merkel.

A informação provocou indignação na Alemanha, particularmente sensível quando se trata de vigilância devido aos abusos sob o controle da Stasi, polícia secreta da Alemanha Oriental, e dos nazistas.

Berlim, posteriormente, exigiu conversas com Washington sobre um acordo de "não-espionagem", mas tornou-se claro nos últimos meses que os EUA estão relutantes em fornecer as garantias que a Alemanha demanda.

"A informação que temos até o momento é insuficiente", disse o ministro do interior Thomas de Maiziere, um dos aliados mais próximos de Merkel, à revista semanal alemã Der Spiegel.

"Os métodos de inteligência dos EUA podem ser justificados em grande parte por questões de segurança, mas as táticas são excessivas e exageradas", acrescentou.

Questionado se esperava algum progresso antes da visita de Merkel ao presidente Barack Obama, no começo de maio, de Maiziere disse: "Minhas expectativas em relação ao que novas negociações produzirão são baixas".

Obama visitou a Europa no mês passado, dizendo que um de seus objetivos era tranquilizar os aliados e dizer de que estava agindo para atender às suas preocupações em relação ao alcance da coleta de dados dos EUA.

Em janeiro, Obama proibiu os EUA de espionar líderes de países aliados e passou a refrear a grande compilação de dados telefônicos dos americanos. Ele também disse, no entanto, que as agências de inteligência dos EUA vão continuar a reunir informações sobre as intenções de outros governos.

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