Tecnologia

Alemanha investiga Facebook por divulgação de mensagens de ódio

Segundo informações do jornal, as investigações são dirigidas contra Zuckerberg, a gerente da empresa, Sheryl Sandberg, e seus representantes na Europa

Facebook: a rede social e seus responsáveis são acusadosn de cumplicidade nos crimes em questão por não eliminarem da rede com a rapidez requerida as mensagens de ódio (Franco Bouly/Flickr)

Facebook: a rede social e seus responsáveis são acusadosn de cumplicidade nos crimes em questão por não eliminarem da rede com a rapidez requerida as mensagens de ódio (Franco Bouly/Flickr)

E

EFE

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 17h00.

Berlim, 4 nov (EFE).- A Procuradoria de Munique (sul da Alemanha) abriu uma investigação contra o fundador do Facebook, Mark Zuckenberg, por cumplicidade nos crimes de incitação ao ódio e negação do Holocausto, entre outros, relacionados com a divulgação de mensagens de ódio através dessa rede social.

Segundo informações do jornal "Der Spiegel", as investigações são dirigidas contra Zuckerberg, a gerente da empresa, Sheryl Sandberg, e seus representantes na Europa, Richard Allan e Eva-Maria Kirscsieper.

O detonante das investigações é uma demanda penal apresentada por um advogado da Baviera, que acusa o Facebook e seus responsáveis de cumplicidade nos crimes em questão por não eliminarem da rede com a rapidez requerida as mensagens de ódio.

De acordo com seu argumento, a rede social não reagiu como deveria aos repetidos requerimentos que são dirigidos para que apague este tipo de comunicações de seus usuários.

A mesma publicação lembra que, em algumas ocasiões anteriores, tais demandas acabaram rejeitadas já que as procuradorias em questão se declararam não competentes com o argumento de que estes casos excedem a Justiça alemã.

Desde o governo alemão foi atribuído reiteradamente ao Facebook, como ao Twitter e ao YouTube, lassidão na hora de atender as denúncias apresentadas por usuários após detectar mensagens de ódio na rede.

As plataformas se comprometeram no ano passado a implementar mecanismos simples para a denúncia de comentários xenófobos e a tentar eliminar em menos de 24 horas as mensagens de ódio racial que infringissem o código penal alemão.

Segundo os dados de Justiça, após uma primeira avaliação do acordo, o Facebook apagou 46% das mensagens puníveis denunciadas por usuários, o YouTube (Google) eliminou uma de cada dez e o Twitter apenas 1%.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaFacebookPreconceitos

Mais de Tecnologia

BYD lidera vendas na China com mais de 2,1 milhões de carros no 1º semestre de 2025

Em queda na China, demanda de países emergentes impulsiona alta de 1,5% nas vendas de iPhones

WhatsApp estreia nova ferramenta para grupos inspirada no Telegram; saiba qual é

Samsung aposta no luxo da redundância com dobrável que tenta revitalizar segmento em queda