Soldados (AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 15h11.
São Paulo - A milícia extremista islâmica Al-Shabaab utilizou o Twitter para confirmar sua participação no ataque ao shopping queniano Westgate, localizado na capital Nairóbi, que deixou ao menos 72 mortos. Em uma mensagem publicada na rede social nesta terça-feira, o grupo negou a participação de uma britânica no atentado.
A conta oficial do Al-Shabaab foi suspensa pelo Twitter no último sábado, após a publicação de uma mensagem que exaltava a ação terrorista. No entanto, o grupo criou outros perfis para divulgar as informações do ataque.
De acordo com a agência de notícias EFE, a milícia afirmou que nenhuma mulher participou do atentado, contrariando as informações de Amina Mohammed, ministra das Relações Exteriores do Quênia. "Não empregamos nossas irmãs neste tipo de operações", disse a mensagem.
As autoridades do país africano cogitam que a britânica Samantha Lewthwaite, conhecida como "Viúva Branca", estaria envolvida na invasão do shopping Westgate. Ela era a esposa de um dos terroristas suicidas que participaram do atentado em Londres no ano de 2005, que deixou 56 mortos após explosões em ônibus e vagões do metrô da cidade britânica.
O Al-Shabaab, nome islâmico para juventude, é um grupo originário da Somália, país vizinho ao Quênia. Devido às instabilidades políticas no país, os membros da mílicia conseguiram controlar extensas áreas somalis, implantando um regime com base estrita na lei islâmica.
O ataque à cidade de Nairóbi é uma represália às ações do governo queniano, que realizou incursões militares na Somália com o objetivo de diminuir a influência de milícias extremistas na região.
Uhuru Kenyatta, presidente do Quênia, afirmou nesta terça-feira o fim dos confrontos entre o Al-Shabaab e as autoridades locais. Em pronunciamento na televisão, ele afirmou que cinco terroristas foram mortos e 11 ficaram feridos.