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Airbus registra patente de avião quatro vezes mais rápido que o som

Aeronave faria viagem entre São Paulo e Londres em menos de duas horas

aviaosupersonico (Reprodução / Patent Yogi)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 19h00.

A fabricante de aeronaves Airbus registrou, ainda no meio do último mês de julho, uma patente para aquele que pode ser o avião mais rápido da história. O documento foi encontrado pelo youtuber PatentYogi, e descreve um veículo capaz de atingir um desempenho consideravelmente melhor do que os de modelos como o Tupolev Tu-144 e o Concorde, os dois últimos supersônicos usados em voos comerciais.

Em teoria, o avião registrado pela empresa conseguiria voar acima da velocidade Mach 4, passando dos 5 510 Km/h. O número supera em quatro vezes e meia o valor atingido pelo som, que chega a pouco mais de 1 225 Km/h, e ainda deixaria para trás o caça recordista de velocidade Lockheed SR-71 Blackbird, que atingiu 3 529,6 Km/h ainda em 1976.

Mas como a aeronave pode ser tão rápida? Segundo a patente, os diferenciais começariam já nas asas, que teriam as partes de cima e de baixo achatadas e ficariam dispostas de forma bem peculiar, como a imagem abaixo mostra. O corpo do avião também seria diferente, ficando mais largo a partir da cabine do piloto e depois estreitando mais para a parte de trás.

A fuselagem carregaria um tanque de hidrogênio e outros de oxigênio líquido para usar de combustível, além de pelo menos uma turbina a jato retrátil posicionada mais à frente, um ramjet e um motor de foguete colocado mais na traseira. Este último componente poderia ser exposto ou ficar isolado do ambiente externo, dependendo do momento, e ser um só ou um principal, acompanhado de outros auxiliares.

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Os motores funcionariam em ocasiões específicas. Na decolagem, a turbina a jato e o motor de foguete o impulsionariam até que ele ficasse em uma “posição quase vertical de ascensão”, o que reduziria aquele choque causado pela quebra da barreira do som. Com a aeronave próxima da velocidade Mach 1, a turbina (ou o par delas) seria recolhida, e a aeronave subiria até a sua altura de cruzeiro, entre 30 000 e 35 000 metros – 20 mil a mais do que a atingida por modelos mais tradicionais. Por ali, os responsáveis por fazê-la atingir o Mach 4 ou 4,5 já seriam os ramjets, que por acaso também são usados em mísseis.

E para descer e pousar? Primeiro, os tais ramjets (ou o tal, já que o avião também poderia ter apenas um) seriam desligados. Depois, os flaps colocariam o avião em posição de descida, e as turbinas a jato voltariam a aparecer quando a velocidade ficasse abaixo do Mach 1. De resto, o processo não seria muito diferente do seguido por um modelo comum. A aeronave proposta pela patente da Airbus inclusive seria capaz de pousar em um aeroporto comum, desde que o local tivesse o suprimento necessário de hidrogênio e oxigênio líquido.

Aliás, como se trata justamente de uma patente, há chances até de que um avião assim nem seja lançado. E mesmo que ele esteja nos planos da fabricante, é provável que ele ainda demore um bom tempo para sair do papel. Ainda assim, não dá para deixar de sonhar com uma viagem de menos de duas horas entre São Paulo e Londres.

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