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Airbnb combate aluguel tradicional com e-mails e cartas

A Airbnb começará a importunar os anfitriões em São Francisco para que eles se cadastrem na prefeitura e informem suas atividades relativas aos aluguéis


	Comercial da Airbnb: as iniciativas em São Francisco poderiam ser um indício do que vem pela frente em outras cidades dos EUA
 (Reprodução)

Comercial da Airbnb: as iniciativas em São Francisco poderiam ser um indício do que vem pela frente em outras cidades dos EUA (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 20h36.

A Airbnb começará a importunar os anfitriões em São Francisco, sua cidade natal, para que eles se cadastrem na prefeitura e informem suas atividades relativas aos aluguéis a cada trimestre, disseram os executivos da empresa em duas cartas destinadas à prefeitura que foram obtidas pela Bloomberg.

Embora a proposta de restringir os aluguéis por ano inteiro na cidade tenha fracassado em um referendo em novembro, a Airbnb continua sob pressão.

As iniciativas em São Francisco, com o objetivo de mostrar que a companhia está disposta a trabalhar junto com o governo local, poderiam ser um indício do que vem pela frente em outras cidades dos EUA.

Duas vezes por mês, a Airbnb enviará e-mails e cartas à casa dos anfitriões em São Francisco para pedir que eles se cadastrem, de acordo com uma carta escrita por Patrick Hannan, novo diretor de políticas públicas da Airbnb que previamente liderou a campanha contra a proposta de lei em São Francisco.

A companhia também fará campanhas publicitárias para incentivar que os anfitriões se registrem, escreveu Hannan. Ele acrescentou que uma organização local afiliada à Airbnb, Home Sharers of San Francisco, organizará sessões informativas mensais sobre o cadastro.

Em outra carta, o CEO da Airbnb, Brian Chesky, escreveu que está cadastrando sua própria casa antes de receber hóspedes neste ano. Ele também disse que a Airbnb ajudará os anfitriões a fazer o cadastro na prefeitura. No entanto, a companhia não verifica se eles estão registrados.

“Nossa equipe está trabalhando diretamente com autoridades municipais para ajudar a esclarecer o processo”, escreveu Chesky. “Sei que o ano passado foi difícil e confuso para muitos de vocês. Depois de uma eleição longa e de muita confusão quanto às normas e regulamentações, alguns de vocês preferiram deixar de receber hóspedes”.

‘Compartilhamento responsável’

As medidas tomadas pela Airbnb para incentivar que os anfitriões se registrem com a prefeitura provavelmente não vão saciar as pessoas que criticam a companhia.

Em relação à cobrança de impostos, a empresa de aluguel de quartos passou a se envolver mais ao enviar os pagamentos de impostos efetuados pelos anfitriões direto para muitos municípios. Mas a Airbnb nem sempre impediu aluguéis ilegais em sua plataforma de compartilhamento de casa, o que delegou aos municípios a tarefa de perseguir os infratores.

Ambas as cartas foram enviadas antes da reunião de segunda-feira do comitê municipal, que pretendia discutir a designação de mais dinheiro para assegurar o cumprimento das normas. Um porta-voz da Airbnb não quis comentar.

A Airbnb, que antigamente estava avaliada em US$ 25,5 bilhões, se tornou uma potência mundial e uma ameaça ao setor hoteleiro. Sua capacidade de transitar por normas do mundo inteiro é um fator essencial para o sucesso financeiro da companhia.

A Airbnb prometeu em novembro em um “Community Compact” que trabalharia para fomentar “o compartilhamento responsável dos lares”. Na tentativa de se conciliar com os municípios, a Airbnb se comprometeu a estabelecer parcerias com os governos, aumentar a disponibilidade dos dados e trabalhar para evitar que o compartilhamento de casas acabe com a oferta habitacional em cidades populosas.

A Airbnb também publicou dados em Nova York sobre os usuários de sua plataforma de aluguel de casas.

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