Semana de trabalho pode ficar mais curta no futuro próximo (Greg Nash-Pool/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 5 de abril de 2024 às 09h33.
Última atualização em 9 de abril de 2024 às 16h14.
O bilionário e dono do time de beisebol New York Mets, Steve Cohen, afirmou que a semana de quatro dias úteis está no horizonte para negócios norte-americanos. Na quarta-feira, Cohen sugeriu que o progresso da inteligência artificial acelerará esse processo nos Estados Unidos.
A ideia é que semanas mais curtas aumentem a satisfação geral com o emprego, reverberando na qualidade do trabalho e consequentemente na produtividade. Não se trata de trabalhar menos, mas de condensar as horas de trabalho em menos dias.
Em março, o senador Bernie Sanders revelou projetos legislativos que introduzirão essa semana mais curta ao país norte-americano. A medida também busca reduzir as horas semanas de 40 para 32 sem diminuições no pagamento. De acordo com Sanders, esse projeto não é uma ideia radical.
No entanto, trata-se de uma ideia controversa. Legisladores republicanos estão reagindo negativamente à medida, argumentando que ela prejudicaria negócios pequenos ao exacerbar reduções na mão-de-obra.
A pandemia da Covid-19 trouxe à tona conversas e debates acerca de semanas de trabalho mais curtas conforme cresceu a importância dada à flexibilização do trabalho. Em fevereiro deste ano, por exemplo, a Alemanha se tornou o mais novo país a testar o projeto. Em solo alemão, 45 empresas adotaram a semana útil de quatro dias, em uma tentativa de experimentar a ideia.
Agora, resta esperar para ver quais serão os efeitos de uma semana de trabalho mais curta. Ao que tudo indica, trata-se de uma medida polêmica, mas que pode ser importante para a flexibilização do emprego como o conhecemos.