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Agências de espionagem americanas teriam acesso a dados de smartphones

A NSA é capaz de acessar dados dos usuários de iPhone, BlackBerry e de smartphones com Android

espionagem (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2013 às 12h20.

Berlim - A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos é capaz de acessar dados dos usuários de iPhone, BlackBerry e de smartphones com o sistema operacional Android, segundo documentos divulgados pela revista alemã"Der Spiegel".

Na edição que chega as bancas amanhã, a revista mostra o poder de espionagem dos Estados Unidos para entrar em todos os tipos de dispositivos móveis e acessar listas de contatos, mensagens de texto, notas e a localização dos proprietários dos aparelhos.

Segundo os documentos internos que a publicação garante ter vazado, a NSA montou grupos de trabalho especializados nos diferentes sistemas operacionais para descobrir possíveis brechas nos smartphones.

No caso dos IPhones, bastaria se infiltrar no computador com o qual o aparelho está sincronizado para, graças a miniprogramas chamados Skripte, conseguir acessar até 38 aplicativos do aparelho.

Também não resistiu à espionagem o BlackBerry, já que há documentos de 2009 que mostram a capacidade da NSA de "ver e ler" as mensagens de texto dos aparelhos.

Foi mais ou menos quando a agência começou a ter problemas pontuais para invadi-los, já que a empresa canadense se uniu a outra companhia que ajudou a modificar o sistema de compressão de dados.

Mas o departamento encarregado da BlackBerry na NSA, segundo a "Der Spiegel", conseguiu solucionar o problema e documentos de março de 2010 indicam que teve de volta acesso a este dispositivo e, inclusive, propunha celebrar com "champanhe".

A NSA teria conseguido também entrar no sistema de e-mails da BlackBerry, considerado totalmente seguro pelo fabricante.

A análise de toda a documentação leva a "Der Spiegel" à conclusão de que esta tecnologia não faz parte da espionagem em massa da NSA, mas se inscreve em operações concretas dirigidas a alvos determinados sem a anuência das empresas. 

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