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Afeganistão ordena suspensão de aplicativos de mensagens

O ministro afirmou que não se trata de um atentado à liberdade de expressão

WhatsApp: autoridades afegãs ordenaram a suspensão durante três semanas (LDProd/Thinkstock)

WhatsApp: autoridades afegãs ordenaram a suspensão durante três semanas (LDProd/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 4 de novembro de 2017 às 11h35.

Última atualização em 4 de novembro de 2017 às 11h50.

As autoridades afegãs ordenaram a suspensão durante três semanas dos aplicativos de mensagens WhatsApp e Telegram, muito utilizados pelos insurgentes para transmitir seus comunicados, por questões "técnicas", segundo o ministério das Telecomunicações.

"Há dois dias, muitos cidadãos reclamam do bloqueio do WhatsApp e Telegram", escreveu em sua página do Facebook o ministro das Telecomunicações, Shahzad Aryobee.

"O ministério prevê introduzir novas tecnologias para melhorar estes serviços e solucionar os problemas técnicos, mas isto exige a suspensão temporária do WhatsApp e Telegram", completou na mensagem publicada na sexta-feira.

O ministro afirmou que "não se trata de um atentado à liberdade de expressão".

O acesso aos telefones celulares disparou nos últimos anos no Afeganistão, com mais de 21,5 milhões de linhas ativas. Oito milhões de afegãos (de um pouco mais de 30 milhões) têm acesso à internet, especialmente a través do celular.

Os afegãos utilizam muito os aplicativos para trocar mensagens. Mas os talibãs também recorrem a estas plataformas para publicar suas reivindicações, especialmente o WhatsApp, enquanto os partidários do grupo Estado Islâmico preferem o Telegram.

"Esta mensagem é totalmente certa: não há intenções ocultas", insistiu neste sábado o porta-voz do ministério das Telecomunicações, Nayib Nangyalay.

"A suspensão vai de 1 a 20 de novembro. Não há nenhum atentado à liberdade de expressão, as pessoas podem continuar usando o Facebook, Twitter...", completou.

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