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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h29.
A Verizon, maior empresa de telecomunicações dos Estados Unidos, despertou fortes protestos dos acionistas da MCI, a segunda maior do país, ao oferecer condições privilegiadas para comprar as ações da MCI em poder de Carlos Slim, o milionário mexicano que controla a companhia, com 13,4% de seu capital.
A MCI é o alvo de uma aguerrida disputa entre a Verizon e a Qwest, que desejam conquistar seu controle e assim obter uma posição privilegiada nas chamadas de longa distância ponto forte da MCI (se você é assinante, leia ainda reportagem de EXAME sobre a consolidação do setor de telecomunicações nos EUA). Para ficar com os 43,4 milhões de papéis de Slim, a Verizon se dispôs a pagar 25,72 dólares por ação. Para os demais acionistas, a oferta seria de 23,50 dólares por papel, dos quais, dois terços seriam representados por ações da Verizon e só o restante em dinheiro. Além disso, Slim receberia o dinheiro em poucas semanas, enquanto os restantes deveriam esperar cerca de um ano.
Não há nada na legislação americana que impeça que uma empresa feche um acordo em condições diferenciadas com determinados acionistas de uma companhia, de acordo com o americano The New York Times. Mas os investidores que detêm ações da MCI ameaçam vetar a transferência de ações de Slim para a Verizon, caso a operadora mantenha a oferta. "Os acionistas ficariam contrariados se o conselho da MCI não insistir em apresentar os mesmos termos para todos os detentores de ações", afirmou William Miller III, presidente da empresa de gestão de fundos Legg Mason, que possui 5,6 milhões de ações da MCI.
Um porta-voz da Verizon, Peter Thonis, recusou-se a informar se a Verizon irá melhorar a oferta para os demais acionistas da MCI. De acordo com The New York Times, o presidente da companhia, Ivan Seidenberg, deu sinais de que não descartou essa possibilidades. Pessoas que acompanham o caso disseram ao jornal americano que a Verizon estuda uma nova proposta. Mas ainda não se sabe em quanto ela será melhor que a atual, nem quando será apresentada.