A notícia da interrupção coincide com uma onda de detenções e a aplicação de maior rigidez na censura chinesa (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 19h08.
Pequim- O acesso ao site de redes profissionais LinkedIn foi interrompido na China nesta quinta-feira.
Casos semelhantes já haviam ocorrido em outros sites por servirem de meio de comunicação para organização de protestos inspirados nas manifestações contra regimes autoritários no Oriente Médio.
Não ficou imediatamente claro se o bloqueio doméstico ao LinkedIn na China se deve à censura.
A notícia da interrupção coincide com uma onda de detenções e a aplicação de maior rigidez na censura chinesa. Ela enfatiza a ansiedade demonstrada pelo governo da China em agir contra a organização de protestos pró-democracia inspirados pelas revoltas no Oriente Médio.
Tentativas de protestos em Pequim e outros locais, no domingo, foram de pequeno porte e se dispersaram rapidamente com a presença da polícia.
A ideia de que a China irá sucumbir às revoltas que estão derrubando governos autoritários no Oriente Médio é absurda, afirmou um oficial chinês.
"Em uma cidade de 15 milhões de pessoas, não há significado prático em insurgências de algumas poucas pessoas" afirmou o chefe da Secretaria de Informação da China, Zharo Qizheng, de acordo com notícia do jornal Wen Wei Po, de Hong Kong.
Se for permanente, a interrupção dos serviços do LinkedIn na China pode prejudicar os prospectos da oferta inicial de ações da empresa (IPO), pois ela ficaria sem acesso ao maior mercado de Internet do mundo --de cerca de 250 milhões de usuários. A rede acabou de ultrapassar a marca de 1 milhão de usuários na China.