A Acer quer ter até 20% do mercado de tablets (Divulgação/Acer)
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 12h38.
Taipei - A Acer, segunda maior fabricante mundial de computadores, antecipa que suas operações na China respondam por mais de 20 por cento de suas vendas mundiais dentro de cinco anos, com a ajuda de novos computadores tablet e de uma aliança com o grupo chinês Founder Technology.
Como uma das poucas marcas de computadores taiwanesas conhecidas internacionalmente, a Acer está apostando pesadamente em seu crescimento no mercado de computadores tablet, no qual, tal como outras concorrentes, planeja combater o bem sucedido Apple iPad.
"Os tablets são um grande mercado e mostram um novo caminho para o crescimento", disse J. T. Wang, presidente do conselho da Acer, durante a Reuters China Investment Summit.
"No caso da Acer, desejamos nos tornar participante significativo desse mercado o mais cedo possível," declarou Wang em entrevista na sede da empresa.
A Acer planeja capturar de 15 a 20 por cento do mercado mundial de tablets no ano que vem, disse Wang, cuja companhia revelou diversos modelos de tablets no mês passado.
Os analistas antecipam que as vendas mundiais de computadores pessoais atinjam os 40 milhões a 50 milhões de unidades em 2011, com o iPad dominando o mercado. O grupo de pesquisa IDC informou que os embarques de tablets cresceriam em média 57,4 por cento ao ano em 2010-2014, o que reflete o imenso potencial de crescimento do setor.
Isso também ajudaria a elevar a receita da Acer na China a 2,5 bilhões de dólares em 2011, ante um bilhão de dólares neste ano, afirmou o executivo. As operações chinesas respondem por 7 por cento das vendas da Acer, no momento.
Quando perguntado sobre o impacto da valorização do yuan, Wang disse que "na China, o poder aquisitivo crescerá de modo significativo nos próximos anos, e os computadores se tornarão mais baratos."
Em outubro, a Acer, que também vende smartphones, previu que suas vendas no quarto trimestre teriam crescimento de cinco a 10 por cento, e que a receita auferida com a venda de computadores de sua marca cresceria em 10 a 15 por cento no ano que vem, propelida pela crescente demanda da China e dos mercados emergentes.