Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 21h14.
Avaliação de Airton Lopes / A novidade mais divertida deste drone controlado por smartphones e tablets com iOS e Android é a possibilidade de qualquer iniciante realizar acrobacias. Bastam dois toques na tela para que o brinquedo realize um flip, salto com giro de 360 graus. A pilotagem básica não tem mistério. Deslizando o polegar direito sobre um dos controles direcionais, a nave sobe, desce e gira sobre seu eixo. A outra mão realiza os deslocamentos movendo o polegar pelo joystick virtual ou simplesmente tocando a tela e inclinando o smartphone ou o tablet.
As preocupações são o vento e a autonomia de voo. Uma brisa um pouco mais forte já é suficiente para prejudicar a estabilidade do AR.Drone. Na edição avaliada pelo INFOlab, a Power, o modelo vem com duas baterias com 50% mais capacidade de armazenamento de energia do que a do kit-padrão. Na melhor situação observada nos testes, a bateria durou 14 minutos e 39 segundos. A câmera frontal filma em HD, mas a qualidade da imagem é apenas aceitável.
Avaliação de Lucas Agrela/ A linha AR. Drone, da fabricante francesa Parrot, foi a responsável por popularizar o conceito de drones já em 2010. O aparelho pode ser controlado por aplicativos para Android e iOS, por meio de um pareamento por conexão Wi-Fi. A segunda edição conta com inovações importantes, como um hardware mais potente e uma câmera que filma em HD.
O drone tem à disposição diversos aplicativos, mas durante os testes do INFOlab foi usado o AR FreeFlight 2.4. Ele pode controlar o drone, gravar vídeos e publicá-los em algumas plataformas web. Das informações que ele disponibiliza, são úteis a de velocidade em km/h e a altitude, medida em metros. É interessante ficar de olho para ver a altitude máxima, dado o alcance da rede Wi-Fi.
http://videos.abril.com.br/info/id/72bd05bd905eae81678b8bf7c44f40d4
Os aplicativos para smartphones permitem definir como será o voo, iniciante e intermediário/avançado. A diferença essencial é que no modo de aprendizagem o usuário ativa a tecnologia de compensação de vento, que mantém o drone parado no ar mesmo em uma ventania leve. Quem já é experiente na arte de controlar esses aparelhos pode se divertir com controles manuais.
Para evitar riscos, o AR. Drone 2.0 Power Edition fica parado no ar caso a conexão Wi-Fi seja perdida o alcance médio em um ambiente livre de barreiras é de 165m.
O aparelho da Parrot é capaz de gravar vídeos com resolução de 1.280 por 720 pixels, com 30 frames por segundo, com codificação H264. O angulo de visão diagonal é de 92 graus (grade angular). É possível capturar imagens no formato JPEG, com a mesma resolução.
O processador é um ARM Cortex A8 com 1GHz (32 bits). O responsável pelo vídeo é um DSP TMS320DMC64x com 800 MHz. O sistema operacional é um Linux 2.6.32 com 128 MB DDR2 RAM (a fabricante menciona 1 Gbit de memória). Wi-Fi 802.11 b/g/n, USB 2.0, giroscópio de 3 eixos, acelerômetro, bússola, sensor de pressão e dois sensores de ultrasom. Fazem parte do sistema de estabilização também uma câmera QVGA. Ele tem 4 motores de corrente contínua sem escovas com potência de 14,5W, rodando no máximo a 28.500 rpm. A bateria tem 1capacidade de 1.500 mAh e ele vem com uma extra, para mais tempo de voo. A estrutura de estabilização de vibração é um misto de fibra de nylon (30%) com plástico.
Há duas capas protetoras para o aparelho para ambientes internos e externos. A primeira dá um visual diferente ao drone, sendo composta em parte por uma estrutura de isopor para evitar que as hélices causem danos ou ferimentos a alguém (há até mesmo adesivos para colar as placas de isopor danificadas). A última dá um uma aparência mais radical ao produto, mas deixa as hélices livres.
O equipamento pesa 380 gramas com a proteção para ambiente externo e 420 gramas com a proteção para ambiente interno. Ele vem também com três conjuntos de hélices extras nas cores azul, laranja e vermelho.
Pilotar o drone ainda é um atividade de curta duração. A bateria do gadget aguentou apenas 14min39s de voo nos testes do INFOlab. A maior inovação é o fato de haver uma bateria extra para ter mais alguns minutos de diversão.
O AR. Drone 2.0, no entanto, é mais radical e pode realizar alguns loops que não eram possíveis na primeira versão. Em ambiente aberto com muito vento, o INFOlab notou que é relativamente difícil de controlá-lo. Ele se inclina para compensar o vento e, portanto, antes de inciar um movimento ele voa na direção do vento.
Um ponto negativo é que o dispositivo sofre interferências em sua conexão Wi-Fi. Em um ambiente com muitas redes, a comunicação entre o aplicativo e o aparelho pode ser comprometida. Vale notar que não há chave de criptografia.
O AR. Drone 2.0 Power Edition representa algumas inovações em relação à primeira versão, mas que não valem um upgrade isso, claro, se você não ligar para o fato de não conseguir realizar acrobacias. Contudo, se este for o seu primeiro drone, ele pode valer a pena, especialmente por ser dedicado à diversão. A proteção de isopor é eficiente para proteger o produto, que também é relativamente resistente a quedas. Se o uso para o drone, todavia, for profissional, para realizar filmagens, o mais indicado é o Phantom.
Motores | 4 de 14,5W e 28.500 RPM |
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Processador | ARM Cortex A8 de 1GHz - 128MB |
Câmeras | 720p e QVGA |
Wi-Fi | n |
Bateria | 14min39s |
Prós | Câmera filma em 720p, configuração mais potente em relação à geração anterior |
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Contras | Potencial interferência no Wi-Fi |
Conclusão | Bom drone voltado para diversão e aprendizagem |
Média | 8.0 |
Preço | R$ 2.399 |