Tecnologia

A bateria do seu smartphone vai durar muito mais com o 5G

Maior eficiência energética com a nova geração da rede de comunicações fará com que baterias não sejam carregadas com tanta regularidade

Mulher segura smartphone durante o café (AntonioGuillem/Thinkstock)

Mulher segura smartphone durante o café (AntonioGuillem/Thinkstock)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 05h56.

São Paulo – A tecnologia de conexão 5G, que deve chegar por volta de 2020, poderá fazer com que a bateria do seu smartphone dure muito mais. Ainda em desenvolvimento, a quinta geração de comunicação móvel trará mudanças se comparada com a 4G—uma delas é um aumento considerável na eficiência energética.

“A 4G não é sustentável do ponto de vista da energia. As operadoras gastam muito com isso. Não podemos continuar o uso da 4G sem ter problemas sérios de custo de energia no futuro”, disse a EXAME.com Rodrigo de Lamare, professor da PUC do Rio de Janeiro e da Universidade de York, no Reino Unido.

Desde o início do desenvolvimento das tecnologias que serão usadas na rede 5G, a questão da eficiência energética foi importe para os cientistas. De acordo com de Lamare, o sistema todo foi projetado buscando uma eficiência maior. “A 4G foi pensada há mais de dez anos. Na época, isso não era uma prioridade”, afirma o professor.

A conversão de informação em sinal é algo que consome muita bateria dos smartphones por exemplo. “A ideia é melhorar essa situação. Fala-se até de economizar uma bateria para que seja preciso recarrega-la a cada 30 dias”, explicou.

O problema é que o a rede 4G deve continuar sendo usada pelas smartphones como reserva para eventuais falhas de cobertura no 5G--hoje o mesmo acontece com o 4G e o 3G. Por conta disso, os smartphones ainda precisarão ser conectados à parede com regularidade.

Eficiência energética é um ponto importante quando pensamos em outro papel que a rede 5G terá: conectar, além de pessoas, objetos. É a chamada internet das coisas. Imagine ser preciso trocar baterias de sensores espalhados pelo país ou pelo mundo com regularidade. Seria um trabalho e tanto.

“Sensores que participam da internet das coisas poderão operar por anos. Isso diminui os custos de manutenção. Com monitoramento ambiental, por exemplo, seria muito custoso enviar uma pessoa para a manutenção”, afirmou o professor.

Desenvolvimento

Rodrigo de Lamare tem participado no desenvolvimento de tecnologias e padrões para a rede 5G. Ele é coordenador do Laboratório de 5G do Centro de Estudos em Telecomunicações do Centro Técnico Científico da PUC-Rio.

O laboratório conta com trabalho de mais de trinta professores, pesquisadores, mestrandos e doutorandos.

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