Tablet: modelos que custam até 500 reais são maioria no Brasil (Divulgação)
Maurício Grego
Publicado em 19 de setembro de 2013 às 15h38.
São Paulo -- O mercado brasileiro de tablets teve crescimento de 151% em um ano e fechou o segundo trimestre com 1,9 milhão de unidades vendidas. No ano inteiro, os brasileiros devem comprar 7,2 milhões de tablets, 120% mais que em 2012. Os números são de um relatório da IDC divulgado nesta quinta-feira.
A IDC revisou para cima sua previsão de vendas para este ano. No final do primeiro trimestre, a projeção era de 5,9 milhões de unidades no ano. “O Brasil é um mercado em ascensão para os tablets, com grande parte dos usuários comprando seu primeiro dispositivo”, diz o analista Pedro Hagge num comunicado da IDC.
O relatório aponta que, de cada 20 tablets vendidos no Brasil, 19 rodam Android. Em um ano, a participação do Android aumentou de 68% para 95%. Os demais 5% se dividem entre os iPads e os modelos com Windows. A principal razão para o avanço do Android é a oferta de tablets mais baratos com o sistema operacional do Google.
55% dos tablets vendidos no Brasil no segundo trimestre custaram até 500 reais. O preço médio caiu de 968 reais no segundo trimestre de 2012 para 628 reais neste ano. Na análise da IDC, porém, a queda nos preços não deve ir muito além disso.
“Apesar do domínio dos equipamentos mais baratos, vale salientar que os fabricantes estão fazendo investimentos para melhorar a qualidade e evitar a frustração dos consumidores. Em médio prazo, isso deve levar a uma elevação no preço médio dos tablets”, afirma Hagge.
A IDC agrupa tablets, notebooks e PCs de mesa na categoria computadores. Nela, os notebooks representam 38% das unidades vendidas no segundo trimestre. Os tablets vêm em segundo lugar, com 35% das vendas e, os PCs de mesa, em terceiro, com 27%.
Nos próximos trimestres, os tablets devem passar os notebooks e se tornar o tipo de dispositivo computacional mais vendido no país. “Nosso mercado continua muito sensível a preços. Os tablets são acessíveis ao consumidor brasileiro, representando uma opção viável de dispositivo para uso básico e acesso à Internet”, diz Hagge.
Outra tendência é o crescimentos das vendas para empresas e instituições de ensino, que hoje compram apenas 18% das unidades comercializadas. Pedro Hagge vê, aí, uma chance para os tablets com Windows.
“A entrada do Windows no mercado de tablets pode acelerar a adoção desses dispositivos pelas empresas, ao permitir a compatibilidade com aplicações corporativas para uso por trabalhadores remotos e também no próprio escritório”, diz.