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7 perguntas para o CEO da FanHero, a máquina de apps de famosos e times

A empresa está por trás de aplicativos do Corinthians, do influenciador Felipe Neto e da dupla Zezé Di Camargo e Luciano

 (FanHero/Divulgação)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 15 de maio de 2018 às 10h14.

Última atualização em 15 de maio de 2018 às 10h50.

São Paulo – Fundada em 2015, a FanHero é uma empresa que cria Facebooks particulares para famosos e times de futebol. Em termos simples, ela oferece aplicativos que têm funções parecidas com as de uma rede social, mas não tem seu alcance limitado aos usuários. Com isso, o que for publicado neles será exibido a todos que usam o app.

A empresa está por trás de aplicativos como o do Corinthians, o do influenciador Felipe Neto e o da dupla Zezé Di Camargo e Luciano. A plataforma permite também que os donos dos apps ofereçam assinaturas para obter acesso a conteúdos exclusivos. Agora, a companhia passou a oferecer a exibição de publicidade como ferramenta de monetização.

Outra novidade é que a FanHero entrou no mercado de criação de emojis personalizados, e o primeiro a receber o recurso é o aplicativo do Felipe Neto.

EXAME conversou com Christopher Cooper, CEO e cofundador da FanHero, para falar sobre o cenário atual do mercado de aplicativos, redes sociais e o futuro da empresa. Como uma máquina de aplicativos, a companhia otimizou processos no último ano e reduziu o tempo de criação de um novo aplicativo de quatro meses para dois meses. Leia a entrevista a seguir.

EXAME: Por que vocês acreditam que as grandes empresas de redes sociais deixam esse espaço para surgirem companhias como a FanHero?

Christopher Cooper: Quando as empresas ficam grandes demais, elas se esquecem das coisas pequenas que as levaram aonde estão. O espaço que elas deixam existe porque elas saíram do negócio que as tornaram populares. O YouTube era uma plataforma para todo mundo postar vídeos. Em um certo ponto, eles notaram que tinham muito conteúdo e se perguntaram como manteriam a operação e ofereceriam suporte à comunidade. Eles começaram a colocar publicidade em tudo, coisas que as pessoas nem querem assistir. Na medida em que eles aumentaram o quanto ganhavam com publicidade, passaram a dar menos atenção à comunidade de influenciadores, um público que vê aquilo como negócio.

Nossa solução funciona como uma plataforma com compartilhamento de receita publicitária. Ambos têm que ganhar. No YouTube, só a empresa ganha e oferece uma pequena parte aos produtores de conteúdo.

Os algoritmos, na realidade, são a primeira linha de defesa das empresas para que os influenciadores não consigam atingir o público que desejam–e é preciso pagar para chegar à sua audiência.

Nos aplicativos criados pela FanHero, quem for assinante também verá publicidade?

Isso é algo que caberá ao influenciador ou cliente decidir. A natureza da nossa plataforma é a flexibilidade. Eles conhecem melhor do que nós o próprio público, então, não vamos interferir na escolha. Pensamos que o jeito certo é não mostrar anúncios para quem é assinante, mas alguns clientes optaram por exibi-los aos seus fãs.

Como foram criados os emojis personalizados?

Eles foram criados com técnicas de animação. Aprovamos cada um deles com o Felipe. Funciona como um aplicativo de teclado, você o adiciona ao seu smartphone e pode usar os emojis no Facebook, WhatsApp ou qualquer lugar.

O que há de diferente no Brasil na forma como as pessoas interagem com seus ídolos em apps?

O Brasil é um mercado muito importante para nós, é onde temos muita tração. Trabalhamos aqui especialmente com times de futebol e jogadores, enquanto os influenciadores, em grande parte, são youtubers. Aliás, o YouTube está nos ajudando. Eles não estão ouvindo os influenciadores porque estão focados neles mesmos. Estamos animados porque conseguimos entregar um post para 100% dos usuários do aplicativo. No YouTube, você consegue atingir apenas 2% da sua audiência.

No Brasil, vocês trabalham apenas com Corinthians e Vasco?

Trabalhamos com eles, mas já estamos trabalhando com clubes de Minas Gerais e Espírito Santo. São times que já assinaram contratos e devem lançar seus aplicativos em cerca de dois meses. Também temos clientes nesse segmento nos Estados Unidos e na Europa, então, temos muita experiência nessa área.

O que você pode compartilhar sobre a sua experiência com o app do Corinthians?

Todos os lançamentos têm um crescimento em formato de arco. Crescem muito no começo e vão caindo com o tempo. Isso não acontece com apps de times. Eles são constantes. Oferecemos muitos recursos aos clubes de futebol, até e-commerce de itens e ingressos. Os times de futebol se encaixam bem com a nossa plataforma.

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