Edifícios sustentáveis e eficientes em energia são parte das estratégias dos países para reduzir emissões de carbono; Veja alguns arranha-céus exemplares
Taipei: o prédio verde mais alto (Wikimedia Commons)
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h21.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h21.
Não satisfeito em ser um dos edifícios mais altos do planeta, com seus 509 metros de altura e 101 andares, o chinês Taipei resolveu passar por um retrofit para se tornar o maiorarranha-céu ecológicodo mundo. A administração do local investiu cerca de 3 milhões de reais em obras que deixassem o prédio mais sustentável. Entre as credenciais eco-amigáveis, o edifício possui vidros especiais que filtram a luz do sol e impedem a formação de ilhas de calor no interior dos escritórios. Também conta com um controle de qualidade interna do ar, sistema de captação de água da chuva e tratamento de reciclagem de água cinza para reutilização no banheiro e limpeza. Além disso, políticas de gestão de energia permitiram melhorar em 30% a eficiência energética e evitar emissões de carbono de 5.369 toneladas. Algumas melhorias tiveram a ver com mudanças de hábito. Por meio de atividades de educação ambiental, as cerca de mil pessoas que trabalham no prédio passaram a reciclar mais e buscar meios alternativos de transporte, como compartilhamento de carro.
Um dos projetos de arquitetura mais sustentáveis da China, o Parkview Green,em Pequim, é um centro comercial, composto por escritórios e hotel boutique. Ele é atravessado bem no meio por uma via pública de pesdestres. A sustentabilidade da construção em forma de pirâmide não se baseia em uma tecnologia muito complicada. Os ganhos em eficiência energética, por exemplo, são orquestrados por sistemas passivos. A estrutura dispensa uso de ar-condicionado convencional, porque o espaço interior atua como uma chaminé ntaural. Com seus mais de 100 metros de altura, o vão recolhe e transporta o ar quente para cima e para fora do edifício. No total, esse sistema ajuda a reduzir em 40% o uso de energia, evitando a queima de 5 mil toneladas de carvão anualmente.
O Pearl River Tower é um arranha-céu de uso comercial ecologicamente correto em Guangzhou projetado pela firma SOM. O que torna esse gigante de 71 andares distribuídos por 310 metros de altura sustentável? Simples, tudo nele favorece a economia de energia. Entre as inovações, a torre é equipada com turbinas eólicas para aproveitar a energia do vento e parte das fachadas são revestidas por duas finas paredes separadas por um corredor ventilado que protegem os espaços interiores das temperaturas extremas. O edifício também foi desenhado com uma curvatura especial, que ajuda a aumentar a velocidade do vento que alimenta as turbinas de geração de eletricidade.
4. Centre for Sustainable Energy Technologies (CSET)zoom_out_map
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O Sustainable Technologies Center (CSET) em Ningbo, é a primeira construção de emissão zero do país. Com uma área de 1,3 mil metros quadrados, este prédio de cinco andares foi concebido para concentrar pesquisas em energia renovável e tecnologias limpas. Longe de mero efeito figurativo, a fachada foi pensada a partir de uma análise bioclimática, para garantir boa ventilação e quantidade de sombra adequada na maior parte do tempo. Uma grande abertura no telhado funciona como fonte de luz e de ventilação, que são distribuídos a todos os andares do edifício uniformemente. A estrutura também conta com sistemas alternativos de geração de energia, como células fotovoltaicas e geração geotérmica. Outro sistema é responsável pelo tratatmento e reciclagem de água, que é reutilizada nos banheiros e para irrigação dos jardins.
5. Centro Sino-Italiano de pesquisa em energiazoom_out_map
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Resultado da cooperação entre o Ministério do Ambiente da Itália e do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, este edifício é uma plataforma para desenvolver a cooperação a longo prazo entre os dois países nos domínios da energia e do meio ambiente e uma vitrine para o potencial de redução das emissões de C02 no setor da construção. O edifício tem um sistema de controle inteligente, com sensores de intensidade de luz que maximizam o uso de iluminação natural e infravermelho para reconhecer quando as pessoas entram e saem de uma sala. Um sistema de ventilação no chão libera ar puro no interior quando os sensores detectam que o nível de dióxido de carbono em uma área tornou-se muito alta. No lado leste e oeste, muito exposto ao sol, a incidência da luz é controlada por uma fachada de revestimento espcial que filtra os raios solares e otimiza a penetração da luz do dia nos escritórios.
Um paredão de luzes coloridas que não passa despercebido por ninguém. Composto por mais de 2 mil LEDs que reproduzem padrões e combinações de imagens, o mega-monitor GreenPix Zero Energy Wall (“Parede de mídia energia zero” ) foi instalado em 2008 para impressionar os visitantes que foram aos jogos olímpicos de Pequim. Como sugere o nome, ele é autossuficiente em eletricidade, utilizando milhares de células de energia solar. A estrutura passa o dia recarregando e, à noite, exibe todo o seu esplendor. Localizada no complexo de entretenimento Xicui, a fachada funciona como um espaço de mídia ecológica e interativa, servindo de tela para os artistas mostrarem o seu trabalho com a tecnologia de LED.
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