A canadense Research in Motion (
RIM), fabricante dos smartphones BlackBerry, conquistou o posto de marca preferida no mundo corporativo e parece ter se acomodado com a conquista. Na visão do mercado (a empresa nega, é claro), sua ótima aceitação nas empresas levou-a a desprezar o usuário individual. Seus produtos são vistos como pouco amigáveis e parecem antiquados em comparação com o
iPhone e os smartphones com o sistema
Android. Mas o mercado de smartphones para uso pessoal cresce mais rapidamente que o de aparelhos para empresas. E, para complicar as coisas, Android e iPhone também circulam nos corredores das corporações, competindo com o BlackBerry. O resultado é que, comparando o segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2010, a participação da RIM no mercado de smartphones caiu de 19% para 13%, segundo o Gartner Group. Já as ações da empresa despencaram 60% neste ano. A renovação parecia estar chegando com o tablet PlayBook, principal novidade na linha BlackBerry neste ano. Mas, pelo que se sabe, suas vendas têm andado em marcha lenta. E a empresa não parece ter nenhum produto espetacular a caminho. Nesta semana, sua imagem já desgastada sofreu novo arranhão. O BlackBerry Messenger e outros serviços da rede da RIM falharam durante vários dias, deixando os usuários sem poder usá-los.