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6 ataques poderosos orquestrados pelo Anonymous

Grupo hacktivistas é conhecido por retaliar virtualmente governos e grandes empresas que se manifestem contra a liberdade na internet

Grupo é conhecido por seus ataques virtuais contra governos e corporações que se manifestem contra a liberdade na internet (Vincent Diamante/Wikimedia Commons)

Grupo é conhecido por seus ataques virtuais contra governos e corporações que se manifestem contra a liberdade na internet (Vincent Diamante/Wikimedia Commons)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 21 de janeiro de 2012 às 07h00.

São Paulo – “Somos guerreiros em prol da liberdade da internet”, é assim que os hacktivistas conhecidos como Anonymous se definem. Pouco se sabe sobre o grupo, mas tudo indica que tenha surgido de maneira mais organizada nos idos de 2008 e é composto por centenas de pessoas espalhadas por todo o planeta.

Dentro do grupo não existe figura de líder e nem regras, é bem provável que os participantes não saibam os nomes reais de seus companheiros. Os “anonymous” que compõem a legião de ativistas digitais agem de maneira coordenada na elaboração e execução de ataques virtuais contra grandes corporações e governos.

A noite de quinta-feira (19) entra para a história da era digital como um marco na incessante luta do governo americano contra a pirataria. O FBI conseguiu tirar do ar o Megaupload, serviço de hospedagens de arquivos na internet utilizado por mais de um bilhão de usuários. Além disso, foram presos os principais diretores da empresa, entre eles o fundador do site, o alemão Kim Schmitz, todos acusados de violação de direitos autorais.

Foi apenas uma questão de tempo até que o grupo Anonymous se manifestasse através do seu perfil no Twitter, anunciando a #OpPayback (operação vingança). Depois de publicar a expressão “tango down”, termo que no universo dos games sinaliza a eliminação de um alvo, os sites do FBI, Justiça americana, Universal Music Group, Associação da Indústria de Gravação da América (RIAA) e também da Associação Cinematográfica (MPAA) saíram do ar.

Mas este foi apenas um de uma série de ataques assumidos pelo grupo nos últimos anos. Confira abaixo ocasiões recentes nas quais Anonymous mostrou o poder que tem de atormentar a vida de gente poderosa, e também criminosa, na internet.

Operação Darknet

O grupo alegou ter conseguido o IP, número usado por um computador para se conectar à internet, de visitantes de um site de pornografia infantil. Numa manobra virtual, conseguiram induzir que tais usuários baixassem uma suposta atualização de um software usado para ocultar a identidade na web. Na realidade, porém, tais usuários foram direcionados a um servidor controlado pelo Anonymous que armazenava o IP dos visitantes.


Operação Independência

O dia da independência no México ficou marcado por um grande ataque perpetrado pelo grupo aos sites de órgãos estatais do país. O motivo foi o de protestar contra a violência constante que atinge o país há anos. O terror tem origem no poder que os cartéis de droga detêm em território mexicano.

Ataque a Bolsa de Nova York

Em outubro passado, o Anonymous invadiu o site da New York Stock Exchange (NYSE), a poderosa bolsa de valores da Big Apple. O ataque foi realizado como apoio ao movimento Occupy Wall Street que na época havia acabado de montar acampamento na região sul de Manhattan. O Anonymous chegou a declarar guerra contra a entidade depois da prisão de manifestantes da ocupação.

Tango Down Apple!

Em julho do ano passado, o grupo invadiu um servidor da Apple e divulgou no twitter supostas senhas e nomes de administradores. A Apple armazena dados de cartões de créditos de milhares de clientes, mas o grupo não revelou dados desta sorte. O que poderia ter sido, no mínimo, embaraçoso para uma empresa de tecnologia. “A Apple poderia ser um alvo. Mas estamos ocupados”, dizia um tuíte do grupo seguido de um link para as informações coletadas.

Visa e Mastercard

Em 2010, em pleno calor da divulgação dos documentos secretos do exército americano pelo Wikileaks, estas duas empresas resolveram bloquear doações feitas para a organização. O resultado foi que, por algumas horas, as bandeiras Visa e Mastercard ficaram completamente fora do ar.

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