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50 startups: operadora Fluke quer mudar a relação do cliente com a telefonia móvel

A startup, fundada no ano passado, aposta no atendimento ao cliente 100% digital para competir contra as operadoras de celular que dominam o setor

Da esquerda para a direita, Augusto Pinheiro, Vinicius Akio, Marcos Antônio Oliveira Jr e Yuki Kuramoto, sócios fundadores da Fluke (Fluke/Divulgação)

Da esquerda para a direita, Augusto Pinheiro, Vinicius Akio, Marcos Antônio Oliveira Jr e Yuki Kuramoto, sócios fundadores da Fluke (Fluke/Divulgação)

FS

Filipe Serrano

Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 07h02.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2021 às 10h24.

Esta reportagem faz parte da série "50 startups que mudam o Brasil", publicada na EXAME. Conheça as demais empresas selecionadas

Startups do meio financeiro, como Nubank e Stone, provaram nos últimos anos que é possível competir contra gigantes bem estabelecidos no Brasil. O pulo do gato é oferecer uma plataforma digital intuitiva e um serviço de atendimento competente. A startup Fluke espera fazer o mesmo no mercado de telefonia celular, um setor que, entra ano e sai ano, é um dos que mais recebem reclamações dos clientes no Procon.

A Fluke atua como uma espécie de operadora digital. Da contratação do plano até o atendimento ao cliente, tudo é feito por meio de um aplicativo, incluindo a ativação do chip do celular que chega pelos Correios. E, ao contrário de uma operadora tradicional, a startup não tem uma infraestrutura de rede própria. Ela aluga o serviço de outra empresa de telecomunicação (no caso, o da Vivo). É um modelo conhecido pelo nome de “operadora virtual”, que é seguido por companhias como a gigante Virgin Mobile, do Reino Unido, mas não ganhou tração no Brasil.

No caso da Fluke, a ideia é que, sem a necessidade de lidar com a infraestrutura, a startup pode criar e manter uma experiência diferenciada para o consumidor, segundo Marcos Antônio Oliveira Jr., presidente e um dos fundadores da startup, um empreendedor prodígio de 22 anos. A área técnica fica sob o comando do sócio Augusto Pinheiro, um jovem de 23 anos que, mesmo tendo crescido num bairro de baixa renda em Diadema, na Grande São Paulo, conseguiu se tornar desenvolvedor e estudar ciência da computação.

O serviço da Fluke foi lançado em março do ano passado em São Carlos, no interior de São Paulo, e era voltado inicialmente para o público universitário da região. Mas a pandemia acelerou os planos de expansão para além desse grupo. Na metade do ano, a startup passou a atender todo o estado, incluindo a capital paulista. Na mesma época, a Fluke levantou pouco mais de 2 milhões de reais em uma rodada de investimento de estágio inicial (early stage) com os fundos Big Bets, Distrito Ventures, o grupo FEA Angels e com investidores-anjo, incluindo Pedro Conrade, fundador do banco digital Neon. Em seguida veio a expansão para outros quatro estados (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Goiás) e o Distrito Federal.

Para 2021, a meta é continuar levando o serviço a mais lugares no Brasil e atingir um número de 100.000 consumidores. Segundo Marcos Oliveira Jr., a maior parte dos clientes atuais está na capital paulista, e são jovens de 26 anos, em média, que estão contratando o primeiro número de celular no próprio nome.

“Telefonia celular é um mercado muito grande, com muito cliente insatisfeito. Alguém vai precisar solucionar esse problema. Esperamos ser os mais competentes”, diz o fundador.

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