Em outubro de 2013, uma disputa judicial envolvendo um cachorro quase tirou o
Facebook do ar.
A medida, anunciada pelo juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1ª Vara Cível de São Paulo, tratava de um caso envolvendo a apresentadora de TV e modelo Luize Altenhofen.
No início daquele ano, Luize fez supostos comentários ofensivos na rede social contra um vizinho, que ela acusa de ter agredido seu cachorro.
Um dos cães da artista teria invadido o jardim do cirurgião dentista Eudes Gondim Júnior, no Butantã, bairro na zona oeste da capital paulista.
Segundo o advogado Paulo Roberto Esteves, que defendia Gondim, o cão teria ameaçado os filhos pequenos de seu cliente, que se defendeu com uma barra metálica, batendo no animal, que não morreu.
Luize Altenhofen teria se vingado de Gondim, de acordo com Esteves, batendo com seu carro no portão do dentista.
"Quando ela repercutiu a notícia no Facebook, isso se espalhou rapidamente, e várias outras pessoas, inclusive artistas, foram dando opiniões agressivas. Na ação indenizatória por danos morais, pedimos que o juiz concedesse a tutela para retirar essas expressões ofensivas da internet. Havia até uma foto dele com uma faixa com a palavra assassino. O endereço dele também foi divulgado na rede social", disse o advogado.
À época, o juiz concedeu 48 horas para o Facebook cumprir a ordem judicial, "sob pena de ser retirado do ar, no País todo, porque, ao desobedecer uma ordem judicial, afronta o sistema legal de todo um país".
O magistrado ainda escreveu que "o Facebook não é um país soberano superior ao Brasil".