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1. Fotografia no celular
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1/7 (Thos Robinson/Getty Images)
São Paulo - Com o acúmulo de funções e novas tecnologias, os
smartphones são uma espécie de canivete suíço tecnológico. Eles são capazes de orientar um motorista, organizar fluxo de trabalho, comprar ingressos e, há um bom tempo, registrar a vida do usuário em fotos e vídeos. Quem nunca sacou seu smartphone e registrou uma cena divertida e inusitada e compartilhou logo pelas redes sociais? Sempre em nossos bolsos ou bolsas, os aparelhos nos dão a capacidade de não perder momentos especiais por esquecer a câmera em casa ou estar com o cartão cheio. A qualidade das imagens, já foi sofrível nos smartphones, superou a de muitas câmeras compactas com pequenos sensores CCD graças a aparelhos como Nokia 808 e Xperia S. Se as compactas não se reinventarem, sua existência pode não ser tão fundamental como antes. Pensando em quem consideram a câmera um dos principais fatores de decisão na hora de escolher um novo smartphone, separamos cinco aparelhos testados pelo INFOlab que registram imagens e vídeos com muita qualidade. Seria impossível não coroar o Nokia 808 como campeão. Sua câmera com sensor de 41 megapixels faz um trabalho excelente. Indo muito além do simples tamanho exagerado das fotos, a tecnologia PureView utiliza a quantidade absurda de pixels para melhorar a qualidade de imagens de 3, 5 e 8 megapixels e também permitir o zoom sem que haja perda na qualidade. Tanto em situações com muita iluminação, ou dentro de casa ou mesmo à noite, as imagens possuem definição e fidelidade nas cores. O software que gerencia a câmera traz uma gama elevada de opções e ajustes finos. Em vídeos, a gravação em 1.080p a 30 quadros por segundo também faz um ótimo trabalho. Sem apresentar uma solução tão inovadora como a do 808, o Xperia S ocupa o segundo lugar com larga vantagem em relação aos outros concorrentes. Com uma câmera de 12 megapixels, ele faz um ótimo trabalho e não apresenta os problemas de usabilidade e falta de aplicativos do aparelho da Nokia. Com recursos inovadores e o casamento ideal entre software e hardware, o Galaxy S III merece destaque pela agilidade no registro de imagens. Além de oferecer ótima qualidade, sua câmera de 8 megapixels é a mais rápida entre os aparelhos já testados pelo INFOlab. Em quarto lugar, com um ótimo recurso de HDR (High Dynamic Range) e bons resultados em ambientes bem iluminados, destacamos o iPhone 4S. Por último, mas não com menor importância, o Motorola Razr, com gravação de vídeo em 1.080p e um resultado acima da média.
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2. Nokia 808 - Nota 7,9
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2/7 (Divulgação)
Com um sensor de 41 megapixels, é muito mais fácil descrever o Nokia 808 como uma câmera que faz ligações. Com a tecnologia PureView, a Nokia e a CarlZeiss conseguiram comprovar que as câmeras compactas estão ficando obsoletas em vários aspectos. O grande diferencial do sistema é o sensor do aparelho, que é cinco vezes maior do que os utilizados na maioria dos smartphones com câmeras de 8 megapixels. O sensor nasceu de uma necessidade aparentemente simples: aumentar a capacidade de zoom dos smartphones. Felizmente, o aparelho vai muito além. A câmera do 808 divide as fotos em dois grupos: com PureView e em resolução máxima. Com as imagens do PureView, o aparelho registra fotos de 3, 5 ou 8 megapixels. Ao selecionar uma foto de 5 megapixels, o sensor capta a imagem em 41 megapixels e condensa a imagem até ela atingir o tamanho estabelecido pelo usuário. Dessa maneira, o PureView comprime um número maior de pixels na imagem. Na prática, o resultado é uma imagem com mais definição e a capacidade de fazer ampliações sem perder qualidade. Como sobram pixels nas imagens captadas, o software não precisa esticá-los para aumentar os elementos da foto. O processo não faz uma aproximação da imagem, trata-se, na verdade, de uma ampliação. O grau dessa ampliação (zoom) se altera conforme a resolução da imagem. Fotos de 3 MP possuem zoom de até 3,6x, enquanto imagens de 5 MP e 8 MP atingem 3x e 2x, respectivamente.
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3. Xperia S - Nota 8,6
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3/7 (Divulgação)
O aparelho mais forte da geração NXT, da Sony, chega ao Brasil por 1.799 reais com bons recursos. Mesmo que o Android 2.3 (Gingerbread) não seja tão glamuroso em relação ao novo Jelly Bean, a fabricante já prometeu uma atualização para o Ice Cream Sandwich. A bem elaborada interface Timescape pode ajudar a conter a avidez por atualizações, pois seu aspecto visual tem muita qualidade. É difícil não reparar na tela de 4,3 polegadas desse smartphone. Com resolução de 720 por 1.280 pixels, ela oferece uma densidade de 342 ppi. A grande quantidade de pixels e a Sony Bravia Engine dão ao Xperia S um cuidado visual acima da média. Construído totalmente em plástico, o Xperia S não é um smartphone muito compacto e agradável de segurar. Mas, por outro lado, o aparelho é elegante. Abaixo da tela há uma faixa luminosa e transparente. Ela abriga os botões “Home”, “Menu” e “Voltar”. Sensível ao toque, sua operação não é das mais intuitivas. O aparelho traz três pequenos pontos logo acima de cada item. São eles que devem ser tocados para gerar uma ação, e não cada um dos ícones. Durante os testes do INFOlab, demoramos um tempo considerável para nos acostumarmos com a ação.
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4. Galaxy S III - Nota 9,4
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4/7 (Divulgação)
A Samsung apostou alto e armou seu novo aparelho top de linha com o que há de melhor no mundo dos smartphones. Exageros postos de lado, o Galaxy S III assume a liderança na corrida pelo hardware mais avançado. Donos de quase todo o processo de fabricação, os coreanos criaram o casamento perfeito do motor mais potente com uma das interfaces mais confortáveis já desenvolvidas para o Ice Cream Sandwich. O chipset Exynos 4212 traz um processador Cortex A9, com quatro núcleos de 1,4 GHz e uma GPU Mali-400MP para garantir a alta taxa de frames durante os jogos. Além disso, o fino aparelho traz uma grande bateria de 2.100 mAh, com duração de 8h23min durante os testes do INFOlab. Se havia dúvidas sobre o novo aparelho superar o sucesso de seu antecessor, o Galaxy S II, elas estão prestes a ser sanadas. A tela gigante de 4,8 polegadas foi inserida no aparelho, que não cresceu quase nada em relação ao modelo Galaxy X, com tela de 4,65 polegadas. O Galaxy S III mede 13,6 por 7,06 por 0,86 cm, enquanto o Galaxy X se comprime ao máximo em 13,5 por 6,7 por 0,89 cm. A diferença é imperceptível, mesmo com os dois aparelhos em mãos. A carcaça plástica não causa uma boa impressão. Mesmo com uma cobertura extra, que evita as marcas de dedos aparentes, a estética do material não é seu ponto forte. Para um smarphone topo de linha, vendido no Brasil por 2.099 reais, esperávamos um acabamento de melhor qualidade. Mesmo assim, quase ninguém vai se importar.
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5. Motorola Razr Maxx
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5/7 (Motorola)
A linha Razr da Motorola, lançada em 2004, representa um marco na telefonia celular pelo design superfino, inovador para a época. Oito anos depois, a Motorola relançou a Razr, adaptada para a tecnologia atual, com um smartphone top de linha. Com o Razr Maxx, a empresa tem mais um acerto ao detonar um grande inimigo dos donos de smartphones: a bateria. Com 3.300 mAh (os concorrentes têm 2.100 mAh), o aparelho atingiu incríveis 17 horas e 47 minutos de duração em chamada, com Bluetooth e Wi-Fi ativados. Outro teste foi feito usando vários recursos para simular uma situação de uso cotidiano e envolveu reprodução de filmes, navegação na internet e uso do GPS. A bateria aguentou menos, mas, ainda assim, mais que outros smartphones: 10 horas e 17 minutos. Esse é o diferencial do Razr Maxx: permitir sair de casa cedo e voltar à noite com ainda algumas horas de bateria, sem precisar economizar no uso. Mas o hardware também não faz feio. O processador Dual Core ARMv7 Cortex A9 é suficiente para que ele não engasgue ao executar tarefas com o Android 4.0 (Ice Cream Sandwich) sem dever nada em relação aos quad core. Além dele, uma GPU PowerVR SGX 540 dá força na parte gráfica e a memória RAM é de 1024 MB, o padrão para esse tipo de smartphone. De armazenamento, são 16 GB. É possível expandir com cartão microSD, mas não deve ser necessário.
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6. iPhone 4S - Nota 8,8
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6/7 (Reprodução)
Não foi amor à primeira vista. Logo no primeiro encontro, o iPhone 4S decepcionou a imprensa mundial e os analistas financeiros. Quando o aparelho foi apresentado em 4 de outubro, durante um evento na sede da Apple, na Califórnia, Estados Unidos, seus truques não convenceram. Todos esperavam por outro celular, o iPhone 5, sobre o qual circularam dezenas de boatos nos meses anteriores. O dispositivo teria uma tela maior, com um design completamente diferente e seria ainda mais fino. O que apareceu foi um iPhone 4 aprimorado. Não deu outra. O valor de cada uma das ações da Apple caiu 20 dólares naquele dia. Mas a desconfiança não durou muito tempo. Quando o smartphone chegou às lojas na semana seguinte, em 14 de outubro, todas as resistências simplesmente evaporaram. As lojas venderam 4 milhões de unidades em apenas três dias nos sete países onde o modelo estava disponível inicialmente: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Austrália e Japão. O recorde obtido pelo iPhone 4S foi o melhor resultado comercial de um smartphone em toda a história. Os números representam mais que o dobro das vendas do iPhone 4 no mesmo período.
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7. Veja também as câmeras que estrearam na Photokina 2012
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7/7 (Koelnmesse Allgemein / Divulgação)