Provoca ira nas operadoras (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.
São Paulo - Saltar dos usuais 1 Mbps para até 10 Mbps. Isso é o que vai proporcionar a implantação da tecnologia 4G, ou Long-Term Evolution (LTE), para celulares e smartphones compatíveis com o novo formato. O 4G é uma evolução dos padrões GSM/CDMA/WCDMA/TD-SCDMA.
Já disponível em Estocolmo e em outras 30 cidades da Suécia e da Noruega, o 4G está em processo de implantação em cidades dos Estados Unidos, do Japão, e em outros países da Europa. Em alguns casos, com poucos usuários conectados a rede, a velocidade de tráfego pode chegar a 100 Mbps.
Segundo Jesper Rhode, 44 anos, chefe de inovação de negócios da Ericsson, empresa especialista na implantação do padrão, o 4G vai deixar para trás o estigma de que a velocidade de transmissão de dados sem fio é mais lenta do que a via cabo. "O 4G consegue ser tão veloz ou até mais rápido do que a banda larga vigente hoje", diz ele.
Para implantar o 4G Brasil, as operadoras esperam a definição da Anatel sobre quais faixas de frequência estariam disponíveis para utilização. Segundo Rhodes, o custo para as operadoras não seriam altos, uma vez que toda a estrutura dos padrões EDGE/3G seria reaproveitada.
Como qualquer nova tecnologia, os aparelhos compatíveis com o padrão 4G devem ter um custo elevado inicialmente. Com o tempo, os preços devem diminuir.
Sobre a concorrência com o padrão WiMax (Worldwide Interoperability for Microwave Access), que pode atingir uma velocidade de tráfego de até 1 Gbps em um raio de 50 km, Rhodes minimiza a competição. "Recentemente, um fabricante anunciou ter chego a marca de 2 milhões de aparelhos WiMax produzidos contra 4,8 bilhões para o formato GSM/3G. Dentro desse quadro, o 4G sempre será mais barato."
No ano passado, a Universidade Federal do Espirito Santo iniciou testes em Vitória a fim implantar uma rede WiMAX em municípios do interior do Estado. A rede poderia ser utilizada para comunicação dos orgãos públicos e para fornecer banda larga a população.