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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h29.
SÃO PAULO - A passagem do ônibus ou do trem, uma corrida de táxi, um refrigerante ou chocolate em máquinas de venda automáticas: uma boa parte - especificamente, 44% - dos usuários de celulares estão interessados em utilizar seus aparelhos para fazer pagamentos de pequeno valor como os citados acima, revelou a última pesquisa Mobinet.
O quarto estudo Mobinet foi realizado em janeiro pela A.T. Kearney e pelo Instituto Judge, da Cambrige Business School, junto a 5 600 usuário de telefones celulares de 14 países em quatro continentes. Os europeus continuam sendo os campeões absolutos no uso do SMS, com 80% dos usuários acessando o serviço pelo menos uma vez por mês. Mas a taxa de usuários que envia e/ou recebe mensagens SMS pelo menos uma vez por dia, entre os entrevistados, chega na casa dos 35% - nas regiões, este número chega a 41% na Europa, 33% na Ásia e apenas 5% nos Estados Unidos.
A popularidade do SMS é maior entre os mais jovens, abaixo dos 25 anos, onde 50% trocam mensagens pelo menos uma vez ao dia. Mas o estudo Mobinet revelou que a utilização do serviço está se espalhando rapidamente por outras faixas etárias: 45% dos usuários entre os 25 e os 34 anos e 28% do pessoal na faixa etária que vai dos 35 aos 44 anos também enviam e recebem mensagens de texto diariamente.
A maior intenção de uso do celular como dinheiro "móvel" (m-cash) foi registrada no Japão, onde 50% dos usuários se mostraram interessados bo serviço. A Europa ficou atrás, com 46%, seguida pela Ásia (43%) e pelos Estados Unidos (38%). O contraditório é que apenas 2% de todos os entrevistados já usaram o m-cash.
Com a expansão da rede 1xRTT, acredita a A.T. Kearney, o Brasil poderá ser um dos mercados mais promissores para os pagamentos móveis. Mas a consultoria acredita também, que se as fabricantes de celulares, as operadoras de telecomunicações, os provedores de conteúdo e os bancos não se espertarem e começarem a oferecer logo serviços de pagamento pelo celular, vão acabar fazendo com que o interesse do consumidor desapareça.