Dos 257 aparelhos 4G disponíveis no mundo, apenas três correspondem às características do que será implantado no mercado brasileiro (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2012 às 15h23.
São Paulo - A insistência do governo em acompanhar os Estados Unidos e a Europa na implantação de redes 4G pode sair caro para o consumidor, segundo o diretor de planejamento de rede da Vivo/Telefônica, Leonardo Capdeville. “Ter uma tecnologia que ainda não está madura, sem consumo em escala, tem um custo mais elevado”, comentou durante o seminário ConvergeTec, em São Paulo.
O executivo explica que, embora enxergue o LTE como tendência irreversível, a tecnologia anterior, o 3G, ainda tem “um grande período de uso”. Capdeville ressaltou que a terceira geração da telefonia móvel só deve se tornar dominante em 2016, quando estará integrada em 64% dos aparelhos telefônicos em uso no País. A perspectiva é de que o 3G encerre 2011 com penetração de 17% na base total de devices ligados às redes das operadoras. “Essa tecnologia está em sua adolescência, com grande potencial de crescimento devido à perspectiva de vendas de aparelhos”.
Devices
Leonardo Capdeville afirmou que a falta de aparelhos preparados para operar em 4G, nas especificações técnicas do modelo a ser adotado no Brasil, também é um limitador do interesse das operadoras em fazer rapidamente o 4G no País.
Hoje, por exemplo, dos 257 aparelhos 4G disponíveis no mundo, apenas três correspondem às características do que será implantado no mercado brasileiro. Por outro lado, os dispositivos de terceira geração somam mais de 2.800 modelos. “Para o usuário não importa se é 3G ou 4G, ele quer é ter uma boa experiência de uso”, diz.