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3 razões que fizeram a Apple atingir o valor de mercado de US$ 2 trilhões

O resultado vem dois anos depois de a empresa ter se tornado a primeira do mundo a ter 1 trilhão de dólares em valor de mercado

Apple: as ações da empresa americana deram um salto enorme na gestão de Tim Cook (Lauren DeCicca/Getty Images)

Apple: as ações da empresa americana deram um salto enorme na gestão de Tim Cook (Lauren DeCicca/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 14h01.

Última atualização em 21 de agosto de 2020 às 17h19.

A Apple atingiu o valor de mercado de 2 trilhões nesta quarta-feira, 19, valor que fez a companhia entrar na história como a primeira americana a bater a marca. Isso aconteceu apesar da audiência das big techs nos Estados Unidos, do fechamento de diversas lojas ao redor do mundo por causa da pandemia do novo coronavírus e da briga com outras companhias, como a Epic Games, desenvolvedora do jogo Fortnite.

O resultado vem dois anos depois de a empresa ter se tornado a primeira do mundo a ter 1 trilhão de dólares em valor de mercado.

Confira abaixo três razões que fizeram a Apple chegar 2 trilhões de dólares

1. Serviços impulsionados

No segundo trimestre de 2020, o iPhone representava 44,2% da receita da Apple, menos da metade. O percentual é muito diferente do que a Apple tinha no quarto trimestre de 2017, quando o iPhone era 69,7% do negócio.

Com assinaturas mensais, a Apple passa a ter uma receita mais previsível e menos dependente dos resultados de vendas trimestrais de dispositivos eletrônicos, que podem ser afetadas por crises, como a quarentena do novo coronavírus.

Nos últimos dois anos, comparando o segundo trimestre de 2018 com o de 2010, a receita da área de serviços da Apple cresceu 23%, graças a serviços como o Apple Music, o Apple TV+, o iCloud e o Apple Arcade.

Em ordem decrescente, as divisões mais lucrativas da Apple são iPhone, Serviços, Mac, iPad e Vestíveis, Casa e Acessórios.

2. Bem-estar do investidor

Os investidores têm se sentido contentes com a Apple neste ano. As ações já acumulam uma alta anual de 60%. Além disso, a empresa é responsável por quase 7% do índice americano S&P. Desde que Tim Cook assumiu como o presidente da Apple, após a morte de Steve Jobs devido a um câncer no pâncreas, as ações da companhia saltaram quase 760%.

Outro fator que tem impulsionado o valor de mercado gigantesco da empresa é a divisão de ações que acontecerá no dia 24 deste mês. Isso quer dizer que, daqui menos de uma semana, quem tiver uma ação da Apple será dono de quatro no total — pelo menos até o final do dia. No dia 24 o valor das ações também serão divididos, de mais de 400 dólares para cerca de 100 dólares. Uma perspectiva animadora para quem investe na bolsa de valores.

3. Apple no pulso

Apesar de ter perdido a vice-liderança do mercado global de celulares para a Huawei, a Apple ainda lidera alguns mercados. Um deles é o de relógios inteligentes. Com o Apple Watch, a empresa teve parcela de mercado de 36,3% no segmento de tecnologias vestíveis, seguida pela Huawei (14,9%), de acordo com dados da consultoria Canalys. A Apple também é a primeira colocada no mercado de celulares dos Estados Unidos, onde são vendidos iPhones em parceria com operadoras de telefonia móvel.

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