São Paulo — É hora de renovar nossa lista de aplicativos essenciais que não devem faltar no iPad. Nesta seleção, incluímos 15 apps que formam um ótimo kit básico para quem acaba de comprar o tablet da Apple ou quer completá-lo com mais programas. Estão na lista nomes óbvios que não poderiam ficar fora dela, como os apps para acesso ao Facebook e ao Twitter. Mas há também aplicativos criativos que vêm colecionando elogios dos usuários, como Luminance e SketchBook Pro. Só ficaram fora os jogos. Dos 15 aplicativos incluídos, 10 são gratuitos. Aproveite.

4,99 dólares, em inglês O SketchBook Pro, da Autodesk, é popular tanto entre ilustradores profissionais como entre pessoas que gostam de desenhar casualmente no iPad. Ele oferece um cardápio com mais de 60 pincéis, além de outras ferramentas de desenho e pintura que podem ser configuradas pelo usuário. É possível criar ilustrações com múltiplas camadas (até seis no iPad 1 e doze no iPad 2) e desfazer operações que não deram certo (até dez no iPad 1, vinte no iPad 2). Com padrão, os desenhos são produzidos num retângulo de 1.024 por 768 pixels. No iPad 2, há um modo opcional com quatro vezes mais pixels que oferece maior riqueza de detalhes visuais, mas pode deixar o tablet um pouco lento. Além da versão Pro, a Autodesk oferece o SketchBook Express, que é gratuito mas tem muito menos recursos. Se você prefere desenhar com uma caneta em vez de usar os dedos, tente uma como a iStroke L, da Ozaki.

Grátis, em inglês Entre os muitos editores de imagens para iPhone e iPad, o Luminance se destaca por trabalhar em camadas, como os aplicativos profissionais usados no PC e no Mac. Cada efeito ou ajuste é sobreposto à imagem como uma camada adicional. Assim, é possível rearranjar as camadas ou desativá-las para ver a foto com e sem o efeito. O app também permite recortar e girar a foto de forma não destrutiva. Ou seja, se você mudar de ideia, é sempre possível voltar à imagem original. Há também a possibilidade, muito prática, de replicar os ajustes feitos numa foto em outras imagens. Fora isso, há as habituais funções para compartilhar fotos no Facebook, no Twitter e por e-mail. É bom aproveitar antes que o desenvolvedor comece a cobrar.

Grátis, em português Embora o acesso ao Facebook possa ser feito pelo browser, o aplicativo do site é atraente para quem vive na rede social. No iPad, ele permite, por exemplo, ver a localização dos amigos num mapa. O app também possibilita compartilhar fotos e informações, iniciar um bate-papo com um amigo e acompanhar as atualizações. A tela do tablet também é ótima para ver as fotos publicadas na rede social e mostrá-las aos amigos. O app ainda dá acesso a aplicativos e jogos no Facebook.

Grátis, em português O aplicativo do Twitter para o iPad é muito prático para acompanhar as novidades no microblog. Dependendo da situação, a tela aparece dividida em duas ou três colunas. A da esquerda (que pode ser reduzida a uma série de ícones) é um menu com opções para ver o histórico de tuítes, as menções ao usuário, seu perfil e outros itens. A coluna do meio mostra o que foi selecionado no menu. Por fim, quando se toca num tuíte, seu conteúdo é expandido à direita. Se houver um link para um página da web no post, ela é mostrada nesse terceiro painel. Fazendo, com os dedos, um movimento de abertura de pinça sobre um tuíte, aparece o perfil do autor. Para fechá-lo, basta fazer o movimento de pinça contrário. Também é fácil navegar pelos perfis dos seguidores e seguidos.

Grátis, em português Embora o iPad 2 tenha seu próprio aplicativo para comunicação à distância com vídeo, o Facetime, esse recurso só funciona entre dispositivos da Apple e apenas via rede Wi-Fi. O Skype, que agora pertence à Microsoft, é muito mais versátil. Ele permite fazer e receber chamadas telefônicas, que são gratuitas entre usuários do programa, com ou sem vídeo. Permite se comunicar com usuários de PC, Mac, Linux, Android, Symbian e até alguns televisores com acesso à internet. Ligações para telefones convencionais podem ser feitas por preços atraentes, especialmente no caso das chamadas internacionais. O Skype pode ser usado tanto com conexão Wi-Fi como 3G. Mas, por causa da lentidão na transmissão de dados via 3G, essa opção nem sempre funciona como esperado. Além disso, a qualidade da imagem, nas conversas com vídeo, é apenas razoável. Mesmo assim, é uma das melhores opções para comunicação por voz e vídeo no iPad.

Grátis, em inglês Você quer ter fotos, documentos e outros arquivos sempre à mão em qualquer dispositivo com acesso à internet? Embora o iCloud permita manter arquivos na nuvem, o Dropbox é uma solução mais abrangente para isso. Além do aplicativo para iOS, ele pode ser usado por meio de programas para Windows, Mac, Linux, Android e BlackBerry ou pelo browser. Além disso, permite compartilhar arquivos e pastas com outros usuários. No iPad, o Dropbox mostra a lista de arquivos disponíveis na nuvem, mas só faz o download no instante em que o usuário abre um deles. Para manter um arquivo armazenado no próprio smartphone, deve-se marcá-lo como favorito. Assim, ele estará disponível mesmo que não haja acesso à internet. O app também funciona como visualizador de documentos e imagens. O uso é gratuito até 2 gigabytes de arquivos. Por 10 dólares mensais (ou 99 por ano) pode-se aumentar o limite para 50 gigabytes.

9,99 dólares, em português Que tal usar o iPad como segundo monitor para seu Mac ou PC com Windows? É para isso que serve o Air Display. Ele emprega a rede Wi-Fi para enviar as imagens do computador para o iPad, que passa a funcionar como extensão da área de trabalho. A tela sensível ao toque também pode ser usada para desenhar ou acionar controles no computador. Mas há algumas restrições. O software não funciona com o Windows 7 Starter. Além disso os efeitos visuais Aero do Windows 7 e do Vista são desligados quando o Air Display entra em ação, assim como o sistema gráfico DirectX.

Grátis, em inglês O Flipboard agrega conteúdo de redes sociais, do Google Reader, do Flickr e de uma série de sites de notícias em inglês. As informações são apresentadas num elegante formato de revista. Uma tela inicial (ou várias telas, se o usuário configurou muitas fontes de conteúdo) mostra uma espécie de índice visual. Tocando num dos itens, ele se abre como uma página de revista. No caso do Facebook e do Twitter, é possível tanto ler as novidades dos amigos como publicar atualizações. Há também opções adicionais, como ver apenas os tuítes que mencionam o usuário ou aqueles publicados por ele mesmo. O Flickr aparece como um belo álbum de fotos. No Google Reader, as notícias viram notas dispostas de uma forma que lembra um jornal. O aplicativo funciona também no iPhone.

Grátis, em português Entre os aplicativos para a leitura de livros digitais no iPad, o Kindle, da loja online Amazon, é o que conta com o maior acervo de livros à venda. A loja de livros digitais da Amazon lista 880 mil títulos para ele, sendo cerca de 3.600 em português. Alguns exemplos são o best-seller 1822, de Laurentino Gomes, vendido por 11,99 dólares, e várias obras de Paulo Coelho, em geral com preço abaixo de 12 dólares. O aplicativo inclui um dicionário de inglês e permite pesquisar facilmente uma palavra encontrada no texto. O programa também está disponível para outras plataformas, como Windows, Mac, Android e Blackberry. É possível sincronizar o marcador de página, as anotações e os destaques entre vários dispositivos, incluindo os e-readers Kindle. Assim, fica fácil começar a ler um livro no iPad, por exemplo, e continuar no computador ou no iPhone.

Grátis, em inglês Quer um dicionário de inglês de graça? O aplicativo do site Dictionary.com inclui tanto o dicionário de significados como um livro de sinônimos. Ele armazena localmente os dados, de modo que é possível fazer consultas mesmo sem acesso à internet. São quase 2 milhões de palavras, definições, sinônimos e antônimos. Se o iPad estiver conectado à internet, pode-se ouvir a pronúncia das palavras. Também é possível marcar termos como favoritos, ver frases de exemplo com as palavras e consultar a palavra do dia, escolhida pelo site. E existe, ainda, um recurso de busca por voz. O usuário fala uma palavra ao microfone e o aplicativo tenta reconhecê-la. Este último recurso (que exige pronúncia cuidadosa para que funcione) é gratuito só nas 15 primeiras palavras. Depois, paga-se US$ 0,99 por mais 300 pesquisas. O programa exibe anúncios na tela.

US$ 9,99 (regular) ou US$ 16,99 (premium), em português O Documents To Go (DTG), da DataViz, é uma boa opção para visualizar e editar documentos do Word, do Excel e do PowerPoint. Ele também permite visualizar arquivos da série de aplicativos iWork, da Apple, e documentos no formato PDF. O DTG trabalha com os formatos de arquivos da Microsoft, mas a compatibilidade não é de 100%. Algumas funções do Excel, por exemplo, não são suportadas pelo DTG e, como outros programas para iPad, ele não roda macros.  A DataViz oferece um programa gratuito para Windows e Mac que permite a transferência dos arquivos entre os computador e o iPad, via Wi-Fi. Essa operação também pode ser feita por meio do iTunes ou por e-mail. O DTG é vendido em duas versões, Regular (US$ 9,99) e Premium (US$ 16,99). Esta última oferece suporte à edição de apresentações do PowerPoint e acesso a serviços de armazenamento na nuvem como Dropbox e Google Docs, itens ausentes da versão Regular. Mas fica faltando a compatibilidade com o iCloud. 

Grátis, em português Embora o iPad não tenha um receptor de rádio, se ele estiver conectado à internet, pode-se ter acesso às emissoras que transmitem áudio pela rede. O TuneIn Radio permite pesquisar 50 mil emissoras pelo nome, localização ou tipo de programação e ouvir as transmissões. Há opções de música e programas para todos os gostos. A lista inclui mais de uma centena de emissoras brasileiras. Elas são mostradas por padrão logo que o aplicativo é aberto, já que ele usa o recurso de localização do iPad para descobrir onde o usuário está. O programa ainda funciona como despertador, tocando música no horário especificado. Além da versão gratuita, existe o TuneIn Radio Pro, que, por US$ 0,99, permite gravar os programas transmitidos. Assim, eles podem ser ouvidos depois, mesmo sem acesso à internet. O TuneIn tem também versões para Android, Windows Phone e Blackberry.

4,99 dólares, em português  O elegante Garage Band, da Apple, transforma o iPad num pequeno estúdio para criação musical, indicado principalmente para músicos amadores. Para eles, o programa oferece instrumentos virtuais, gravador multipistas e uma variedade de efeitos sonoros. Há um teclado virtual que pode ser timbrado como piano, órgão ou sintetizador, além de um programador de ritmos de bateria. Quem não tem intimidade com as notas musicais pode brincar com o que a Apple chama de Smart Instruments. São quatro: teclado, bateria, baixo e violão/guitarra. Eles simulam o som dos instrumentos reais, mas oferecem uma interface que simplifica a maneira de tocar. Já os profissionais tendem a se decepcionar com certas limitações do app. De qualquer modo, o preço é atraente para um aplicativo tão completo. Dependendo do que se pretende fazer com o Garage Band, pode ser conveniente acoplar, ao iPad, um microfone externo, um adaptador Midi (útil principalmente para a conexão de teclados digitais) ou um adaptador de áudio para guitarra como o iRig, da IK Multimedia.

Grátis, em português Para quem gosta de mapas, a possibilidade de viajar pelo mundo deslizando o dedo na tela do iPad já justifica a instalação do Google Earth no tablet. O app também dá acesso às incontáveis fotos armazenadas no site Panoramio e associadas às imagens aéreas. Um recurso interessante é o Autotilt, que usa o acelerômetro para mostrar a imagem em perspectiva quando o iPad é inclinado. Por meio do mecanismo de pesquisa, pode-se buscar um endereço, um ponto de interesse ou coordenadas específicas. E, se o usuário salvou mapas pessoais no Google Maps, pode carregá-los no app. Infelizmente, o Google Earth para iPad não tem todos os recursos da sua versão para Windows. Falta, por exemplo, a ferramenta para medir distâncias. Também não há uma maneira de fixar alfinetes no mapa para marcar lugares.

1,99 dólar, em inglês  O Google Maps é prático para visualizar mapas e encontrar caminhos – desde que você tenha acesso à internet. Quando você se afasta dos hotspots Wi-Fi e das antenas de celular, um aplicativo como o MotionX HD pode ajudá-lo a não se perder. Esse app permite baixar mapas e armazená-los no iPad. Há mapas de ruas e estradas e também cartas topográficas. É possível, ainda, baixar cartas náuticas, mas elas não abrangem o Brasil. Fora isso, o aplicativo tem todos os recursos de um GPS do tipo usado por aventureiros. Há um painel que mostra dados como velocidade, posição, distância percorrida e horário estimado de chegada ao destino. O usuário pode registrar trajetos e pontos específicos no mapa. E ainda é possível pesquisar lugares e pontos de interesse. O aplicativo tem também uma versão para iPhone, chamada MotionX GPS.