Metallica: em 2000, a banda processou o criador do Napster em US$ 10 mi (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 09h33.
São Paulo – Em abril de 2000, a banda Metallica se tornou o primeiro grupo de artistas a abrir uma ação contra os responsáveis por um software por infração de direitos autorais. Na época, a banda exigia 10 milhões de dólares dos criadores do Napster, os jovens universitários Shawn Faunning e Sean Parker.
Ontem, 12 anos após o ocorrido, Parker e Lars Ulrich, baterista e “diretor executivo” do Metallica, se encontraram de forma amigável.
O encontro aconteceu em Nova York e foi promovido pelo CEO do Spotify, Daniel Ek, para anunciar o lançamento da discografia da banda de heavy metal junto à plataforma.
Parker é um dos investidores e conselheiros do Spotify, serviço sueco para o streaming de música lançado em 2006.
Após rasgar elogios ao Spotify, Ulrich comentou o episódio com o Napster. “Nosso agente disse que uma música nossa não lançada estava tocando no rádio porque havia vazado na internet. Ele disse: ‘eles ferraram a gente, vamos ferrar com eles’”.
Na época, Parker tinha apenas 21 anos. Depois de encerrar o Napster, ele foi um dos responsáveis pelo lançamento do Plaxo (espécie de rede social que funcionava integrada ao Outlook) e pela alavancagem do Facebook. Hoje, aos 32 anos, é um dos jovens empreendedores mais influentes do Vale do Silício.
Durante o evento, o Daniel Ek revelou que o Spotify atingiu a marca de 5 milhões de assinantes em todo o mundo. No total, o serviço acumula 20 milhões de usuários, e possui 1 bilhão de listas criadas.
Também revelou que o Spotify já pagou mais de 500 milhões de dólares em direitos autorais para artistas e gravadoras – esse é um dos motivos das pazes entre o Metallica e a internet.