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1 em 4 empresas já demitiram por uso da web

SÃO PAULO - O considerado mau uso da internet por funcionários já foi motivo para demissão em uma entre quatro das 544 empresas entrevistadas (ou 23%) pelo Websense para uma pesquisa encomendada pela especialista americana em recursos humanos Personneltoday.com. E 69% dessas demissões estão relacionadas, obviamente, com a pornografia. As empresas entrevistadas pela pesquisa durante […]

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h34.

SÃO PAULO - O considerado mau uso da internet por funcionários já foi motivo para demissão em uma entre quatro das 544 empresas entrevistadas (ou 23%) pelo Websense para uma pesquisa encomendada pela especialista americana em recursos humanos Personneltoday.com. E 69% dessas demissões estão relacionadas, obviamente, com a pornografia.

As empresas entrevistadas pela pesquisa durante o último mês de maio empregam cada uma, em média, 2,5 mil pessoas. Setenta e dois por cento destas companhias relataram já ter tido problemas com o mau uso da internet por seus funcionários. A opinião dos departamentos de recursos humanos de cada uma delas é de que isto acontece porque pessoas com escritórios próprios ou em baias exclusivas tendem a usar mais a internet por motivos pessoais do que as que trabalham em escritórios abertos.

Segundo a pesquisa, o senso comum entre estas empresas é que navegar por 20 minutos diariamente por motivos pessoais chega a ser aceitável - e até mesmo justo, dizem. Mas, na verdade, o pessoal de recursos humanos acredita que a maioria dos funcionários navega por motivos não-profissionais por pelo menos 30 minutos todos os dias.

Um dos dados mais curiosos levantados, no entanto, é a existência de dedos-duros nas companhias: 40% das entrevistadas disseram que os colegas de trabalho freqüentemente reclamam que seus companheiros ficam gastando tempo à toa nas páginas da web.

O mau uso da internet foi computado não apenas aos usuários: segundo a pesquisa, o RH é um dos grandes culpados por isso acontecer, por não estabelecer normas claras o suficiente, para 61% dos entrevistados.

A pornografia é, de longe, a principal queixa das empresas, representando 51% dos problemas já reportados. Na seqüência, aparecem o acesso a sites de webmail pessoal (26%), salas de chat (23%), games online (17%), e páginas esportivas e download de músicas, empatados, representando 11% das queixas cada um. Compras, sites de aposta e de notícias - estes representando apenas 2% - aparecem por último na lista.

A maioria das empresas (56%), no entanto, prefere chamar o funcionário para uma conversa informal em caso de problemas a tomar decisões mais drásticas. Vinte e nove por cento optam por um aviso verbal, enquanto vinte e oito por cento adotam o aviso por escrito. Apenas 1% das empresas respondeu que levariam o funcionário em questão a um tribunal.

Das 23% das empresas que admitiram já ter dispensado funcionários por causa do mau uso da web, 19% afirmaram ter demitido apenas uma pessoa; enquanto 41% delas já mandaram embora dois funcionários pelo mesmo motivo; outras 15% admitiram ter dispensado três ou mais empregados pela navegação imprópria na rede mundial.

Apesar da pornografia ter sido o motivo para a demissão de 69% destas pessoas, outras razões não foram deixadas de lado: alguns funcionários foram dispensados por entrar em salas de chat ou sites pessoais (10%); outros, pelo acesso a webmails pessoais (9%); por terem entrado em sites de racismo ou de disseminação de ódio (5%); por causa do download de músicas (4%), games online (2%), compras (2%), e até mesmo por lerem notícias em horário de trabalho (1%).

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