Revista Exame

MM 2025: a virada definitiva da Vivo, que se tornou uma gigante de tecnologia em duas décadas

A transformação digital elevou a Vivo ao patamar de líder absoluta no segmento, combinando infraestrutura robusta com portfólio diversificado

Vivo: diversificação no portfólio de serviços digitais em áreas como saúde, finanças, entretenimento e IoT, que responderam por 10,2% da receita total em 2024 (Germano Lüders/Exame)

Vivo: diversificação no portfólio de serviços digitais em áreas como saúde, finanças, entretenimento e IoT, que responderam por 10,2% da receita total em 2024 (Germano Lüders/Exame)

Lia Rizzo
Lia Rizzo

Editora ESG

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 22h00.

Numa jornada que se iniciou há pouco mais de duas décadas, a Vivo protagonizou uma das transformações mais desafiadoras do setor de telecomunicações brasileiro: de herdeira de uma estatal com legado tecnológico defasado a uma empresa inovadora e lucrativa em um cenário ultracompetitivo.

A transição não apenas reposicionou a companhia como a elevou ao patamar de uma das maiores empresas de tecnologia do Brasil, migrando de operadora tradicional de serviços de voz para uma plataforma multidimensional de soluções conectadas.

Líder em seu segmento, a Vivo encerrou 2024 com um retorno sobre o investimento (ROI) de 9,9% — percentual acima dos concorrentes — e manteve a dianteira no segmento pós-pago, com 41,3% de market share.

Do resultado ao legado: a fórmula da Vivo para revolucionar a conectividade com impacto positivo

No período, sua receita total atingiu R$ 55,8 bilhões, com alta de 7,2% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido registrou R$ 5,5 bilhões, um crescimento de 10,3% comparado com 2023.

Segundo Christian Gebara, CEO da companhia, a vantagem competitiva que a posiciona como a melhor do setor se sustenta pela “combinação perfeita entre cobertura robusta e proposta de valor diferenciada”.

Investimentos e expansão de portfólio

Um resultado de investimentos anuais contínuos em infraestrutura, da ordem de R$ 9 bilhões. “Apenas em 2024, foram R$ 9,2 bilhões. Hoje nossa rede 5G está em 633 cidades, cobrindo 65,3% dos brasileiros”, celebra o executivo.

Sem deixar de lado o core tradicional, a Vivo diversificou com o mesmo apetite seu portfólio de serviços digitais em áreas como saúde, finanças, entretenimento e IoT, que responderam por 10,2% da receita total em 2024.

“Para ter ideia, já concedemos mais de 1 bilhão de reais em empréstimos pessoais, desde que começamos a atuar nessa área, em outubro de 2020”, conta Gebara.

No campo da inovação aberta, o fundo corporativo Vivo Ventures realizou nove aportes em startups. Cerca de 63% delas já estabeleceram contratos com a operadora, gerando sinergias em setores como telemedicina e open finance. Em 2024, os negócios com esse ecossistema somaram R$ 130 milhões.

A companhia é referência por sua atuação nos pilares ESG. A última empreitada foi o anúncio do projeto Floresta Futuro Vivo, dedicado à proteção da biodiversidade e à restauração de 800 hectares na Amazônia pelos próximos 30 anos — um dos maiores compromissos corporativos de longo prazo com a restauração florestal na região de que se tem notícia.


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