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Prêmio EXAME Gestão de Pessoas 2024: na Valmet, geração Z e baby boomer trabalham juntos

Uma empresa finlandesa que discute a felicidade no escritório — e tenta atender aos anseios de quatro gerações

 (Valmet/Divulgação)

(Valmet/Divulgação)

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 06h00.

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Com 220 anos de história, a empresa finlandesa Valmet chegou ao Brasil nos anos 1960 produzindo tratores, e hoje fornece tecnologia de automação para as indústrias de celulose, papel e energia. Um dos desafios da companhia é a integração de quatro gerações no mesmo ambiente de trabalho. A geração Z, de jovens nascidos após a virada dos anos 2000, está ganhando espaço por meio dos programas de estágio e trainee. “Hoje, 8% do nosso quadro de funcionários é composto pela geração Z”, diz Flávia Vieira, diretora de recursos humanos da Valmet América do Sul. “Há três anos, esse número era de apenas 2%.” Dos 1.600 funcionários na região (dos quais mais de 80% estão no Brasil), 63% são os chamados millennials (nascidos entre 1980 e 2000), 28% são da geração X (de 1960 a 1980), e 1% faz parte do grupo baby boomer, nascidos no período após a Segunda Guerra Mundial até os anos 1960.

Para atender às diferentes expectativas e idades, a companhia aposta em benefícios que vão além do convênio médico e do vale-transporte. Um deles é uma plataforma de apoio psicológico e financeiro não só para os funcionários mas também para seus familiares. A empresa mantém o pagamento de salário mesmo no caso de o empregado ficar fora do trabalho por até 12 meses por motivo de saúde. “É um benefício que não conseguimos quantificar, mas ele se reflete diretamente no engajamento”, diz Vieira. O programa inclui sessões de autoconhecimento sobre o sentido da felicidade, um tema sobre o qual o pessoal da matriz da Valmet gosta de falar — a Finlândia é considerada o país mais feliz do mundo.

Como a empresa incentiva o time

Para incentivar o time que está não só no Brasil mas também em outros países da América do Sul, a Valmet aposta num prêmio a quem traz melhorias para o negócio. “Não se trata apenas de premiar, mas de criar um ambiente em que todos possam ver o impacto de suas contribuições”, diz Celso Tacla, presidente da Valmet América do Sul. A votação é feita pelos próprios funcionários. Entre os prêmios, há vouchers de experiência com agências de turismo, como passagens ­aéreas e estadias em hotéis. Outro benefício de reconhecimento criado dentro da Valmet é o programa de bonificação extra, no qual funcionários ganham até dez dias de trabalho de bônus por entregas excepcionais. Além disso, uma ferramenta online chamada High Five serve para reconhecer bons trabalhos em times. “Essas medidas fortalecem nossa cultura colaborativa, sem deixar de lado a produtividade”, afirma Vieira.

O investimento ajudou a trazer bons resultados. Em 2023, a Valmet América do Sul registrou 503 milhões de euros em pedidos, marcando um aumento de 42% em relação a 2022. As vendas líquidas na América do Sul bateram 585 milhões de euros. A companhia continua em expansão por aqui. Agora, prepara-se para fornecer equipamentos para uma fábrica de celulose construída em Mato Grosso do Sul pela chilena Arauco. “Esse é o maior projeto na história da Valmet” diz Vieira. O investimento na unidade fabril, que ficará pronta em 2027, supera 1 bilhão de euros. É um negócio capaz de manter a Valmet crescendo aqui no Brasil por muitas gerações pela frente.

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