Revista Exame

Cartas & E-mails: A negligência levou ao desastre de Brumadinho

Confira cartas e e-mails que chegaram à redação de EXAME sobre a edição 1178 da revista, que traz a tragédia em Brumadinho na capa

Operação da Vale em Brumadinho: engolida por rejeitos na tarde de 25 de janeiro | Douglas Magno/AFP Photo /

Operação da Vale em Brumadinho: engolida por rejeitos na tarde de 25 de janeiro | Douglas Magno/AFP Photo /

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 05h26.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2019 às 05h26.

BRUMADINHO

A pergunta na capa de EXAME é simples e direta: “Por quê?” (Reincidente, 6 de fevereiro). Acredito haver uma resposta também simples e direta para essa questão: o desastre de Brumadinho aconteceu por negligência, incompetência e imprudência. Se os riscos tivessem sido analisados da forma correta, as consequências poderiam ter sido reduzidas. Mas gerenciar riscos envolve princípios, estruturas e processos que poucas empresas parecem ter estabelecido. Por isso, a dúvida que fica não é “se” teremos um novo desastre, mas, sim, “quando”.

Gerson Borges

Rio de Janeiro, RJ


O Brasil ainda não tem, infelizmente, a cultura da manutenção (Reincidente, 6 de fevereiro). Diante dos recentes acontecimentos em Mariana e Brumadinho e das interdições de pontes em São Paulo, é essencial que os administradores e gestores alterem os procedimentos no trato com o patrimônio público. É preciso introduzir novas técnicas de manutenção e preservação de equipamentos, prédios, viadutos e pontes.

José Trindade Celis

Via Exame.com


INFRAESTRUTURA

Nos setores que foram privatizados nos últimos 20 anos, acredito que os investimentos sejam quase o dobro do que os do governo federal (Um país à beira do colapso, 6 de fevereiro). Já imaginou se o setor de telecomunicações não tivesse passado pela abertura de mercado? Acho que ainda não saberíamos nem o que é Wi-Fi. Vejo como é urgente hoje a aplicação de um processo similar no setor elétrico, o que poderia trazer mais investimentos e até mesmo gerar mais empregos na área.

Ricardo de Jesus

Via LinkedIn

Costumava enxergar a mineradora Vale como uma organização sólida, competente e desenvolvida tecnologicamente. Mas, depois do ocorrido em Brumadinho, acredito que sejamos mesmo um país à beira do colapso.

Edson da Silva

Via Facebook


ENTRETENIMENTO

As TVs por assinatura já parecem não ter mais espaço, infelizmente (Todos contra a Netflix, 6 de fevereiro). As operadoras mantiveram pacotes com valores absurdos e demoraram para agir. Agora vai ser difícil pegar o mercado de volta.

Felipe Cordova

Via Facebook


VIDA REAL

Achei sensacional a crítica de J.R. Guzzo em sua última coluna (Reprovado desde a largada, 6 de fevereiro). O Fórum Econômico Mundial, em Davos, hoje parece ser mais um investimento em marketing que está obsoleto em sua essência.

Winston Smith

Via Facebook


PAGAMENTOS

O mercado de meios de pagamento brasileiro teve três viradas importantes, em minha opinião (Há vida além da Minizinha?, 6 de fevereiro). A primeira se deu em 2010, com a quebra do duopólio até então existente, entre Redecard e Cielo. A segunda, em 2013, com a entrada do Banco Central como regulador desse mercado. Já a terceira aconteceu de forma mais silenciosa, ao longo de 2016 e 2017, com a redução de barreiras de entrada de novos competidores. A abertura do capital da PagSeguro, em 2018, foi o despertar para essa nova dinâmica no setor.

Carlos Daltozo

Via LinkedIn


PRIMEIRO LUGAR

Muito do crescimento no número de empreendedores no Brasil nada tem a ver com empreendedorismo, mas com a crise (Um país de empreendedores?, 6 de fevereiro). Se por um lado ela estimula as pessoas a procurar formas alternativas de gerar renda, por outro muitas empresas estão driblando a CLT ao contratar força de trabalho como MEI para driblar o pagamento de 13o, férias e indenizações.

Ígor Rabello

Via Facebook

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