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Como fazer — Na Nissin, reduzir a rotatividade foi uma questão de perfil

Ajustes na seleção de empregados, treinamento e feedbacks ajudaram a fabricante de alimentos Nissin a reduzir a rotatividade

Fábrica da Nissin, no interior de São Paulo: contratações mais certeiras   (Germano Lüders/Exame)

Fábrica da Nissin, no interior de São Paulo: contratações mais certeiras (Germano Lüders/Exame)

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Aline Scherer

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 05h18.

Última atualização em 11 de outubro de 2018 às 05h18.

Depois de chegar a um pico histórico no qual quase 40% dos funcionários de sua maior fábrica tiveram de ser substituídos em 2014, o comando da fabricante japonesa de macarrão instantâneo Nissin no Brasil decidiu atacar o problema. A média de rotatividade no setor industrial gira em torno de 2% a 10% ao ano, segundo a consultoria de recrutamento Michael Page. Os piores índices estavam entre 900 auxiliares e operadores responsáveis por mais da metade da produção da empresa no país.

Localizada em Ibiúna, município paulista com menos de 80 mil habitantes, a fábrica da Nissin é a maior da cidade. Mas perdia funcionários para a agropecuária, uma das principais atividades econômicas da região. Metade das demissões era solicitada pelos funcionários que não se adaptavam ao ambiente fabril. Os demais eram demitidos por baixo desempenho. “A alta rotatividade gerava custos de recrutamento, treinamento e desligamento”, diz Luiz Morato, gerente de recursos humanos da Nissin no Brasil. “Além disso, novos funcionários demoram até quatro meses para chegar ao ritmo de produtividade da média.”

Sem precisar alterar requisitos básicos, como ter ensino médio completo, a Nissin conseguiu reduzir a rotatividade a um terço do pior índice. Veja as medidas tomadas.

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