Grendene: companhia tem caixa reforçado (Cláudia Assad/Flickr/Creative Commons/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2017 às 05h00.
Última atualização em 10 de agosto de 2017 às 18h10.
Com uma produção de 164 milhões de pares de calçados em 2016, a Grendene está longe de retomar o pico de três anos atrás, quando fabricou 216 milhões de pares. A maior queda foi no segmento de calçados populares, afetado pelo encolhimento da renda do consumidor.
Parte das perdas foi compensada com o crescimento de produtos de maior rentabilidade. No fim, a receita líquida da Grendene em 2016 atingiu 631 milhões de dólares, 15% inferior à de 2015, enquanto o lucro cresceu 23%, somando 167 milhões de dólares.
A retração da demanda fez com que alguns ativos, como capital de giro e estoque, engordassem o caixa da empresa, contribuindo para o aumento da liquidez geral, que chegou a 8,67, o melhor índice entre as 500 maiores empresas do país. Esse indicador reflete a capacidade de honrar compromissos no longo prazo.
O caixa reforçado permite à Grendene enfrentar diferentes conjunturas sem depender de empréstimos de terceiros. “Se o mercado demandar, temos capacidade de fazer rapidamente investimentos para crescer”, diz Francisco Schmitt, diretor financeiro da Grendene.
de reais é quanto a Grendene investiu em publicidade e propaganda nos últimos 12 anos. A empresa detém hoje dez marcas próprias de calçados, que são distribuídas em 65 000 pontos de venda no Brasil. Entre as marcas mais conhecidas estão Melissa (criada há 38 anos), Rider (31 anos) e Ipanema (16 anos).
foi a participação da Grendene no total das exportações brasileiras de calçados no ano passado. A empresa embarcou 40 milhões de pares de calçados, para cerca de 100 países. Os produtos da Grandene são comercializados em mais de 20 000 pontos de venda no exterior.
de pares de calçados é a capacidade anual de produção da Grendene. A empresa tem 11 fábricas: nove no Ceará, uma no Rio Grande do Sul e outra na Bahia.