Risco para as companhias: os empregados são o elo mais fraco na segurança da informação | Germano Lüders / (Germano Lüders/Exame)
Natália Flach
Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 05h22.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2019 às 05h22.
HACKERS
Ataques de hackers estão no topo da lista de preocupações dos diretores de tecnologia da informação de todo o mundo. Mas os riscos não vêm apenas de fora das companhias. Mais da metade dos 841 profissionais ouvidos em um estudo global da consultoria americana Logicalis disse que tem dado atenção especial ao descuido de funcionários e colaboradores com dados sigilosos. Afinal, as pessoas tendem a ser o elo mais fraco em qualquer sistema de segurança. “Se antes era importante detectar e corrigir os problemas rapidamente, agora a tendência é antever possíveis ataques por meio de pequenas variações no sistema”, diz Rodrigo Parreira, presidente da Logicalis no Brasil.
Esse cenário, que até pouco tempo atrás parecia mais coisa de filme de ficção científica, torna-se ainda mais complexo com o desenvolvimento de novos equipamentos conectados à internet das coisas, que faz com que todo dispositivo possa ser uma porta de entrada para os hackers. “O papel do diretor de tecnologia tornou-se mais complexo. Agora ele também tem um olhar mais voltado para estratégia e inovação”, afirma Parreira.
PAPEL E CELULOSE
Voltadas para melhorar a competitividade e a inserção internacional, as fabricantes de papel e celulose têm investido mais em tecnologias de ponta. Faz muito sentido: as empresas mais inovadoras — as que se destacam em áreas como biotecnologia, nanotecnologia e energias renováveis — são mais eficientes, de acordo com um estudo que em breve será publicado pela FGV Editora no livro Imperativo do Fortalecimento da Competitividade Industrial no Brasil.
Na área florestal, as empresas tecnologicamente mais avançadas exibem uma produtividade média por trabalhador de 621.000 reais ao ano (receita bruta dividida pelo número de funcionários). Já naquelas que inovam menos, o retorno é de um terço desse valor. “Além disso, existe uma relação positiva entre inovar e exportar”, afirma Maurício Canedo, professor na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas.