Os vencedores do Prêmio Na Prática: eles esperam um impacto positivo da adoção da inteligência artificial (Germano Lüders/Exame)
Diretor de redação da Exame
Publicado em 27 de novembro de 2025 às 06h00.
A COP30, a conferência global do clima, vivia seus dias de ápice no momento em que esta edição da EXAME ia para a gráfica. Mais de 50.000 visitantes de quase 200 países circulavam pelas instalações no Parque da Cidade, em Belém, negociando e debatendo um tema tão relevante quanto o futuro de todos nós. A EXAME levou uma comitiva de 18 pessoas a Belém para cobrir o evento e também realizar seus próprios eventos contextualizando as discussões. É o ápice de um trabalho de um ano, coordenado pela editora de ESG Lia Rizzo, que nos posiciona como líderes na cobertura de sustentabilidade no Brasil.
Ao longo dos quase 20 dias de COP30, produzimos conteúdo em texto, foto e vídeo com os protagonistas da história. Nesta edição, um ensaio fotográfico do editor Leandro Fonseca mostra o legado que fica para a capital paraense, entre um novo museu, um novo porto, um novo mercado. Os desafios continuam numerosos, mas um olhar otimista sobre a conferência do clima e sobre sua cidade-sede mostram quanto avançamos, seja em três décadas, seja nos últimos 3 anos de preparação.
Otimismo também norteia a reportagem de capa desta edição, assinada por Layane Serrano, que traz a visão de 251 universitários sobre o futuro. Uma pesquisa exclusiva realizada pela ONG Na Prática, do mesmo grupo da EXAME, mostra que oito a cada dez jovens esperam um impacto “positivo” ou “muito positivo” para suas carreiras em razão da adoção maciça da inteligência artificial. Na outra ponta, apenas 10% dos entrevistados responderam ver pouco valor na formação universitária. O desafio das escolas está em oferecer uma formação plural, conectada às demandas do presente e do futuro.
Os seis jovens que estampam a capa são os vencedores do Prêmio Protagonismo Universitário, uma iniciativa do Na Prática para reconhecer os universitários mais talentosos das cinco regiões brasileiras. Em comum, eles aliam excelência acadêmica com conquistas profissionais dentro e fora de grandes empresas. Gabriela Santos Mendanha, a estudante de medicina da PUC-Goiás escolhida destaque nacional, programou sozinha uma inteligência artificial para revolucionar a oftalmologia. Já Pedro Docema Rodrigues, estudante de medicina da USP e finalista da Região Sudeste, criou um projeto para atender comunidades indígenas e quilombolas isoladas. “Quero fazer da medicina minha ferramenta de transformação social”, diz.
É com olhares como este, e com debates essenciais como os realizados em Belém, que um futuro mais próspero — e mais inclusivo — se constrói. A EXAME continuará sendo testemunha, e também agente, dessa transformação.

