Janaina Maia, diretora-executiva de pessoas e organização da Ultragaz: “Avançar em renováveis contribui para mudar vidas” (Ultragaz/Divulgação)
Publicado em 26 de junho de 2025 às 06h00.
Depois de quase nove décadas distribuindo gás liquefeito de petróleo (GLP) convencional, a distribuidora de combustíveis Ultragaz iniciou em 2024 a comercialização de bioGLP no mercado brasileiro. A introdução do combustível derivado de óleo vegetal, que apresenta potencial de redução de até 80% nas emissões comparado ao carvão mineral, simbolizou mais que uma diversificação de portfólio.
Ao comercializar o primeiro lote de bioGLP produzido no Brasil, a companhia comprovou a viabilidade da solução, totalmente compatível com infraestruturas existentes, sem exigir mudanças nos sistemas de distribuição que a empresa construiu ao longo dos anos, eliminando custos de adaptação tecnológica e facilitando sua adoção sem impactos operacionais negativos. “Esse avanço em energias renováveis contribui para o propósito de mudar vidas a partir da energia”, afirma Janaina Maia, diretora-executiva de pessoas e organização da Ultragaz.
Em 2024, a empresa inaugurou duas fazendas solares, ampliou contratos de biometano e concretizou a aquisição de 51,7% da Witzler, uma das maiores gestoras de energia do país. Consolidou, assim, sua entrada no Mercado Livre de Energia. A modernização logística converteu 98% da frota leve para etanol, o que ajudou a eliminar 18% das emissões de gases de efeito estufa desde 2020.
A implementação de práticas sustentáveis também rendeu transformações internas. Acidentes com colaboradores próprios e terceiros recuaram 20%, enquanto acidentes com afastamento registraram queda de 45% entre 2023 e 2024. O absenteísmo melhorou significativamente, passando de 1,7% em 2022 para 0,96% no último ano. A Ultragaz ainda aportou 2,9 milhões de reais em projetos comunitários, ações emergenciais e programas de voluntariado corporativo.
Para 2030, as projeções são manter 100% da energia elétrica renovável, reduzir resíduos enviados a aterros (que já registram 89% de queda desde 2021), expandir a frota movida a biometano, ampliar a otimização logística com rotas inteligentes e neutralizar emissões diretas via créditos de carbono. “Queremos oferecer alternativas seguras, acessíveis e sustentáveis para esse novo momento da economia brasileira”, diz Tabajara Bertelli, presidente da Ultragaz.
A diversificação energética implementada pela Ultragaz demonstra como empresas tradicionais podem integrar inovação tecnológica e responsabilidade ambiental ao estabelecer padrões operacionais que combinam eficiência econômica com impacto social positivo, de modo a consolidar um modelo sustentável para o setor de distribuição no mercado nacional.
Desde que criou uma vice-presidência de ESG, em 2023, a distribuidora de combustíveis Vibra acelerou o passo nas agendas ambientais e sociais. Em 2024, liderou um compromisso emblemático com o programa Exploração Sexual Zero. Engajando outras grandes empresas, capacitou mais de 10.000 motoristas e frentistas sobre esse crime contra crianças e adolescentes, já que cerca de 30% das ocorrências são em postos de estrada.
Até 2050, também espera neutralizar as emissões de gases de efeito estufa no escopo 3. Pioneira em SAFs e eletromobilidade B2B, tem investido de forma recorrente em soluções de recarga e veículos elétricos. Com foco em transição energética, adquiriu 100% da Comerc (que provê 2,1 GW de energia renovável). Também estabeleceu a joint venture Evolua, com a Copersucar, focada na produção e distribuição de combustíveis com menor emissão de carbono, principalmente etanol.
Líder em cloro e soda e segunda maior produtora de PVC da América Latina, a Unipar assegurou financiamento verde de 672,9 milhões de reais do BNDES para modernização de uma planta em Cubatão, em São Paulo, um processo que elimina mercúrio, implementa hidrogênio verde e reduz mais de 70.000 toneladas anuais de CO₂. Adicionalmente, investiu 57 milhões de reais na ampliação da planta de Santo André (SP), consolidando sua transformação industrial sustentável.
Na esfera social, impactou 2,8 milhões de pessoas no Brasil e na Argentina por meio de 75 projetos em educação, cultura e ações socioambientais, promovendo desenvolvimento social inclusivo. Entre as metas ESG em curso, a companhia espera reduzir em 10% as emissões e alcançar 100% de energia renovável no Brasil (sendo 80% por autoprodução), além de engajar 100% dos fornecedores em critérios de sustentabilidade.