Moda: campeãs históricas abriram o Brasil para o mundo (Divulgação/Divulgação)
Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 06h55.
Para se destacar historicamente no mercado de moda e vestuário é necessário aliar criatividade com solidez financeira. É uma combinação rara, que norteia os negócios das três empresas que dividem o prêmio de mais vitoriosas da história nos 50 anos de MELHORES E MAIORES. Alpargatas, Beira Rio e Vicunha, cada uma, foram eleitas oito vezes a empresa do ano de Moda e Vestuário.
A Vicunha sagrou-se vencedora pela primeira vez em 1976. Na época, a empresa ainda se chamava Têxtil Elizabeth e era gerida pelas famílias Steinbruch e Rabinovich. Em 1985, a Vicunha inaugurou sua primeira fábrica na Região Nordeste, em Fortaleza. Hoje, são 7.000 funcionários nas cinco fábricas, sendo três no Brasil, uma na Argentina e outra no Equador. “A Vicunha sempre apostou em fábricas modernas e equipamentos”, diz Marcos De Marchi, CEO da Vicunha.
A Alpargatas venceu pela primeira vez em MELHORES E MAIORES em 1975. Naquele momento a empresa já era uma das maiores calçadistas do país e estava sob controle de um grupo argentino.
Enquanto a sandália Havaianas, principal produto da Alpargatas, ganhava popularidade, a empresa foi mudando de controlador. Em 1982, o grupo Camargo Corrêa passou a ser o maior acionista. Em 2015, a Alpargatas foi vendida ao conglomerado J&F Investimentos. Até que em 2017 as empresas Cambuhy Investimentos e Brasil Warrant e a holding Itaúsa fecharam a compra da Alpargatas, configuração que se mantém até hoje.
“Somos uma empresa sólida com um histórico de conexão com a sociedade”, diz Ana Bogus, CEO da Havaianas Brasil. “A Havaianas é o principal símbolo da empresa há mais de 60 anos.”
A Calçados Beira Rio teve um início pequeno, em um galpão de madeira à beira do rio na cidade de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, em 1975. A primeira vitória na premiação anual da EXAME aconteceu décadas mais tarde, em 1998. De lá para cá, o crescimento foi exponencial.
“Estamos em mais de 100 países, com 26.000 clientes lojistas que compram e distribuem nossos produtos. Faz mais de 25 anos que exportamos”, diz Roberto Argenta, fundador e presidente da Beira Rio.
Para além dos calçados, a Beira Rio ampliou o portfólio com artigos como óculos, vestuário, bolsas e meias. Hoje, a empresa fabrica mais de 500.000 pares de sapatos por dia. O faturamento esperado para este ano é de 6 bilhões de reais.