Varsóvia, capital da Polônia: incentivo fiscal para famílias maiores | Lucas Vallecillos/AGB PHOTO /
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2018 às 05h00.
Última atualização em 24 de maio de 2018 às 05h00.
Na maioria dos países desenvolvidos, a taxa de fecundidade (número médio de filhos por mulher) está abaixo do nível necessário para repor a população. Uma forma de tentar evitar o encolhimento do número de habitantes no longo prazo é cobrar menos impostos de famílias que tenham filhos. Essa estratégia aparece claramente num estudo divulgado no início de maio pela OCDE, o clube dos países ricos. Em média, nos 35 países que fazem parte do grupo, os trabalhadores solteiros sem filhos pagaram 25,5% de imposto de renda e contribuição de seguridade social em 2017. Já as famílias com duas crianças, e apenas um provedor de renda, pagaram 14%, em média. Os países que descontaram menos tributos de famílias com dois filhos foram a República Tcheca (0,7%), o Canadá (1,2%) e a Irlanda (1,2%). Na Polônia, essa taxa ficou negativa (-4,8%), uma vez que o montante das transferências de renda para famílias com crianças superou o dos descontos de imposto de renda e contribuição social. A Polônia é o país com a segunda menor taxa de fecundidade na Europa (1,3 filho por mulher), atrás apenas de Portugal. Há dois anos, o governo polonês lançou um programa de transferência de renda nos moldes do Bolsa Família, do Brasil. Na outra ponta, os países que cobram mais impostos de famílias com filhos são a Turquia (25,9%) e a Dinamarca (25,3%). Em termos globais, entre 2016 e 2017, o recolhimento de imposto de renda e de contribuição de seguridade social cresceu em 20 países, diminuiu em 13 e permaneceu inalterado em dois países da OCDE. A Bélgica é o país que cobra mais tributos dos trabalhadores (40,5%). Em contraste, o Chile é o que desconta menos impostos dos trabalhadores (7%).
GASTOS MILITARES
A OUTRA DISPUTA PELO TOPO
Em 2017, o PIB dos Estados Unidos cresceu 2,3%, enquanto o da China avançou quase três vezes mais: 6,9%. Nesse ritmo, algumas projeções indicam que a China se tornará a maior economia do mundo até 2028. Os chineses dão mostras de que ambicionam também se tornar a maior potência militar. No ano passado, o país investiu 228 bilhões de dólares em programas e equipamentos militares, um crescimento de 110% em relação a 2008. No mesmo período, os gastos militares dos Estados Unidos recuaram 14%. Ainda assim, os americanos mantêm a liderança global nessa área, com 610 bilhões de dólares gastos em 2017.
ENVELHECIMENTO
CRIME DE CABELO BRANCO
O Japão é o país com maior proporção de idosos no mundo: 27% das pessoas têm 65 anos ou mais (no Brasil, essa fatia é de 8%). O envelhecimento da população tem impactos na economia, pois reduz a oferta de mão de obra e eleva os gastos com previdência. Outro efeito cada vez mais visível é o aumento da criminalidade. Os idosos já representam 21% dos indiciados por crimes no Japão. Muitos deles cometem pequenos delitos, como furtos em lojas, com a intenção de ficarem presos numa penitenciária — para fugir da pobreza ou da solidão. Quase 50% dos idosos presos por furtos viviam sozinhos.