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Na reta final do ano, grandes nomes da música ressurgem com lançamentos

Aos 78 anos, Paul McCartney aproveitou o recolhimento da pandemia para gravar um álbum tocando todos os instrumentos em seu estúdio na Inglaterra

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Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 05h06.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 14h50.

No fim de um ano tão conturbado, gigantes da música dominam o cenário de novidades, com trabalhos novos ou revisões de obras. Aos 78 anos, o incansável Paul McCartney aproveitou o recolhimento da pandemia para gravar um álbum tocando todos os instrumentos em seu estúdio caseiro na Inglaterra. O resultado é McCartney III, com lançamento marcado para 18 de dezembro. É a terceira obra em que ele fez tudo sozinho, após ­McCartney, de 1970 (seu primeiro álbum depois dos Beatles), e McCartney II, de 1980.

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Neil Young revirou seu gigantesco acervo para lançar a caixa de dez CDs Archives II 1972-1976, com os álbuns de sua grande fase criativa dos anos 1970 e faixas de estúdio e ao vivo inéditas. É o segundo box dessa série, que chega 11 anos depois do primeiro. Avesso aos serviços online mais populares, Young só disponibiliza a obra em streaming para cadastrados no site neilyoungarchives.com.

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Ainda no rock, Jimmy Page foi agraciado com um livro curioso escrito por um brasileiro, com edição bilíngue português/inglês e publicado com financiamento coletivo no site Catarse. Jimmy Page no Brasil, do jornalista Leandro Souto Maior, reconstitui a ligação do guitarrista do Led Zeppelin com nosso país, desde suas temporadas de férias na Bahia até seus encontros com músicos daqui.

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E a MPB também teve um mestre com CD novo. Depois de 13 anos sem lançamentos, Paulinho da Viola soltou o álbum ao vivo Sempre Se Pode Sonhar, gravado em 2006 num show em São Paulo. Com a sensibilidade de sempre, Paulinho revisita pontos altos de sua carreira e reinterpreta 1 x 0, imortal chorinho instrumental de Pixinguinha.

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O maestro italiano Ennio Morricone, morto em julho aos 91 anos, é homenageado com a coletânea Morricone Segreto, dedicada a trechos de trilhas sonoras para filmes menos conhecidos do que os clássicos do diretor Sergio Leone. Um filme dramático presta tributo a um gigante lembrado por poucos, a cantora americana Ma Rainey. Ela tinha o apelido de “Mãe do Blues” e teve seu nome eternizado por Bob Dylan ao citá-la ao lado de Beethoven num verso. A Voz Suprema do Blues, da Netflix, encontra a pioneira (interpretada por Viola Davis, Oscar de Melhor Atriz em 2016) na Chicago de 1927. A estreia do longa será em 18 de dezembro.

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CINEMA

A criação da obra-prima

Cidadão Kane tem o status de um dos melhores filmes da história desde sua estreia em 1941. Mas a autoria do roteiro pelo indisciplinado Herman J. Mankiewicz em colaboração com o diretor e astro Orson Welles sempre foi debatida. O cineasta teria tentado ficar com os créditos só para ele. A criação conturbada é contada em Mank, que teve exibição limitada nos cinemas brasileiros em novembro e deve alcançar público maior com sua chegada à Netflix no dia 4.

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LIVRO

Clássico rebatizado

Obra de 1945 do escritor inglês George Orwell (célebre pelo distópico 1984), Animal Farm sempre teve no Brasil o título A Revolução dos Bichos. Agora, em homenagem aos 70 anos da morte do autor, é rebatizado mais fielmente como A Fazenda dos Animais, numa edição especial da Companhia das Letras com capa dura de tecido, nova tradução de Paulo Henriques Britto, ilustrações de Vânia Mignone e posfácio do crítico Marcelo Pen. Também há uma versão de capa mole.

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CINEMA

CORLEONE REFORMADO

Francis Ford Coppola faz nova montagem de O Poderoso Chefão III para recuperar a reputação do filme | Marcelo Orozco

Os dois primeiros filmes O Poderoso Chefão, de 1972 e 1974, foram considerados obras-primas assim que entraram em cartaz. Também dirigida por Francis Ford Coppola, a terceira parte veio em 1990 e foi bombardeada pelo ritmo arrastado e pela interpretação menos sóbria do protagonista Al Pacino. Trinta anos depois, o diretor tenta melhorar a reputação desse capítulo com a remontagem que até ganhou novo nome: O Poderoso Chefão de Mario Puzo — Desfecho: a Morte de Michael Corleone.

O longa reformado terá exibição limitada em alguns cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Cinco dias depois, ficará disponível para aluguel e compra nas plataformas digitais NET Now Claro, Sky, Apple TV, Google Play, Vivo, Oi, Xbox Video e PlayStation Store. Coppola afirma que o resultado é mais fiel às suas intenções originais para esse capítulo final. “Para esta versão, reorganizei cenas tomadas e combinações musicais. Com essas mudanças mais a filmagem e o som restaurados, esta é, para mim, uma conclusão mais apropriada à trilogia”, afirmou o diretor.

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