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Tecnologia dá retorno

As empresas de tecnologia proporcionaram a seus investidores os maiores ganhos financeiros do mundo num período de cinco anos

Série Stranger Things: a Netflix é uma das empresas de mais resultado para os acionistas (Divulgação/Divulgação)

Série Stranger Things: a Netflix é uma das empresas de mais resultado para os acionistas (Divulgação/Divulgação)

AJ

André Jankavski

Publicado em 18 de julho de 2019 às 05h00.

Última atualização em 19 de julho de 2019 às 09h52.

As empresas de tecnologia proporcionaram a seus investidores os maiores ganhos financeiros do mundo num período de cinco anos. As fabricantes de componentes para computadores Nvidia e Broadcom e a empresa de software Adobe estão entre as cinco primeiras colocadas de um levantamento feito pela consultoria Boston Consulting Group que analisou a rentabilidade e o pagamento de dividendos, de 2014 a 2018, das 200 companhias com mais de 48 bilhões de dólares em valor de mercado.

A segunda posição ficou com a chinesa Kweichou Moutai, fabricante de bebidas. Também aparece na lista a provedora de serviços de mídia Netflix, com 39% de retorno total (inclui dividendos e valorização das ações) ao acionista. Há 20 anos, nenhuma delas estava nas primeiras posições do ranking, que eram ocupadas por Dell, America Online, SAP, Nokia e H&M. O

levantamento de 2019 traz ainda dois destaques brasileiros: os bancos Itaú Unibanco e Bradesco, que galgaram posições (saindo de 79a e 114a, respectivamente) e ficaram entre as 25 empresas com melhor retorno financeiro do mundo. “Isso é fruto de decisões acertadas nas políticas de crédito e apetite a risco. Também se deve à disciplina de manter as despesas sob controle e reforçar os negócios que geram receita com serviços e tarifas”, diz Ricardo Tiezzi, sócio da consultoria BCG.

 


CONSUMO

O PODER ECONÔMICO DAS FAVELAS

Favela da Rocinha: potencial de consumo de 1 bilhão de reais | Chico Ferreira/Pulsar Imagens

A crise econômica dos últimos anos afetou diretamente a classe C, especialmente as pessoas que moram nas favelas das grandes cidades. Mesmo assim, as oportunidades de negócio nessas comunidades continuam promissoras. É o que mostra um levantamento feito pela consultoria Outdoor Social.

Segundo o estudo, as favelas brasileiras movimentaram 102 bilhões de reais em 2018. Na maior delas, a Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, estima-se que seus 100.000 moradores tenham gastado 1 bilhão de reais no ano. Os maiores dispêndios das famílias foram com alimentação em casa (17%) e compras de material de construção (5%).

A expectativa é que os recursos movimentados nessas áreas cresçam 4% em 2019. “Houve um aumento da população em comunidades por causa da crise, mas essas pessoas não deixaram de consumir”, diz Emília Rabello, fundadora do Outdoor Social.

 

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