Revista Exame

X7, o BMW tamanho king size

O X7 é o maior carro da BMW, capaz de transportar até sete passageiros. Confortavelmente

BMW: carro está longe de passar despercebido (BMW/Divulgação)

BMW: carro está longe de passar despercebido (BMW/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2019 às 05h18.

Última atualização em 26 de setembro de 2019 às 10h11.

O BMW X7 está longe de passar despercebido. Com 5,15 metros de comprimento, 2 de largura e 1,80 de altura, o modelo é um colosso de SUV. Mais imponente ainda quando visto de frente, exibindo uma grade que remete ao sorriso involuntário de um felino agressivo. O maior da marca alemã, um dos maiores do mercado, carro de gente grande mesmo. E não estou falando apenas do lado de fora. O jipão pode levar até sete passageiros, dispostos em três fileiras, em um espaço para lá de generoso. O entre – eixo, que, grosso modo, determina o conforto para os ocupantes, é de 3,10 metros — se essa medida, em si, não diz nada, acredite em mim: é bastante.

Apesar do tamanho, rodando pelas rodovias do sul dos Estados Unidos, o utilitário esportivo pode parecer até um brinquedo, se comparado aos veículos corriqueiros na frota nativa. Parece exagero? Basta colocá-lo lado a lado com os exuberantes caminhões, trailers, picapes e outros seres motorizados pesos-pesados da fauna americana, presentes nas vias o tempo todo, cruzando, ultrapassando, emparelhando como quem quer intimidar…

Longe de ser uma primeira impressão, não me faltaram estradas para cravar um veredito sobre essa questão. Foram 800 quilômetros de rodagem, percorridos em um único dia, num trajeto predominantemente plano, com retas infinitas e quase nenhuma variação de altitude e de piso. Sim, uma viagem ideal também para uma moto estradeira, no melhor estilo easy rider. Só que eu estava a bordo, teto solar panorâmico deixando a luz do sol entrar, massageador do banco acionado, atmosfera de sala de estar de bacana, sintonizado em um achado e tanto: a Soul Town, uma estação de rádio dedicada aos clássicos da Motown, lendária gravadora por onde passaram The Jackson Five, Marvin Gaye, Stevie Wonder, The Supremes e The Temptations.

O evento de lançamento do X7 priorizou a direção em longos trajetos, oferecendo a mesma experiência aos mais diversos mercados do mundo. Nós, convidados do Brasil, ficamos com o trecho que ligava El Paso, no Texas, cidade que faz fronteira com Ciudad Juaréz, no México, até Phoenix, no Arizona, praticamente fechando o roteiro que havia começado em Spartanburg, na Carolina do Sul, onde é produzido o X7, e terminaria em Palm Springs, na Califórnia. A parte que nos coube foi sui generis para olhos tropicalistas: uma paisagem árida, monocromática, desértica em alguns pontos, e nem por isso menos bela, porque, com um pedido de licença para um toque existencial, nos torna introspectivos ao volante — ainda mais no bem – bom do ar-condicionado.

Claro que, com até sete ocupantes dentro, não há como se tornar pensativo por muito tempo. Ainda mais porque o conjunto multimídia que o X7 traz pode remeter a uma sala de espetáculo, a uma sala de cinema ou a um espaço para os kids transformarem em playground. Perceba que, por mais que o SUV venha dotado de um motor nervoso, trata-se de um carro da família, a tal ponto que todos os assentos têm ajustes elétricos. Como até então ainda não estava claro qual das versões viria para o Brasil, optei por dirigir a mais caliente, a mais completa: a xDrive50i, dotada de um propulsor que entrega força e agilidade em um piscar de olhos. Dei sorte: esse é justamente o modelo que chega agora às concessionárias brasileiras.

Daí que, a despeito de não ter tido oportunidade de colocá-lo à prova em condições adversas, tudo leva a crer que, pelo conjunto mecânico e pela eletrônica embarcada em favor da estabilidade e do desempenho, o X7 enfrentaria tranquilamente terrenos menos convidativos e os brutamontes americanos que teimam em circular a seu lado, exibindo todo seu tônus muscular. A estrada, afinal, é de todos.


Elegância atlética

O Audi Q8, o mais tecnológico modelo da marca, tem o porte de um SUV e a classe de um cupê

Divulgação

Trata-se de um SUV, mas certamente o Q8 não ficaria ofendido se fosse confundido com um tipo de cupê mais alto. A rigor, sua classificação é esta: SUV cupê. O mais tecnológico utilitário esportivo da montadora alemã trafega entre o melhor dos dois mundos: no que envolve a categoria mais desejada do mercado, dada sua versatilidade, e no que é tido como a configuração mais bela e classuda. Como se não fosse suficiente, o sobrenome revela suas intenções: performance.

O Q8 é um modelo que causa impacto pelo porte e pelas formas. O modelo mescla elegância com porte atlético, em um feliz casamento de duas categorias diferentes de configuração e, até tempos atrás, antagônicas. É um exemplar grande da espécie, com quase 5 metros de comprimento. Pela harmonia do desenho, talvez o proprietário só vá se dar conta disso na hora de estacionar na vaga do prédio.

Por dentro, o que mais chama a atenção é a falta de protagonismo de algo. O acabamento é racional, em que menos é mais. Poucos elementos nas superfícies, sem materiais competindo entre si, provavelmente para que os holofotes se direcionem aos displays no console, centro nervoso do carro que ganha vida quando a partida é acionada.

A avaliação se deu em um circuito de autódromo e depois em uma pista de off-road perto de Campinas, no interior de São Paulo. Na pista, o modelo com tração quattro se comportou de maneira arisca e equilibrada, fazendo curvas em alta velocidade sem perder a compostura, com a esportividade de seu DNA. Entrando em um terreno acidentado, bastou apertar um botão e o sistema se adequou aos desafios, elevando a suspensão e tracionando as rodas. Uma câmera de 360 graus mostra o que ocorre fora do alcance dos olhos do motorista. Tecnologia, realmente, fala alto neste carro. 

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